Narrativas de mulheres lésbicas sobre as vivências no cotidiano e período escolar
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Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Um dos grandes desafios da escola é o acolhimento efetivo das diversidades que adentram esta instituição. Questões relativas à LGBTfobia e ao preconceito de gênero são comuns no espaço escolar e legitimadas por currículos que não incluem essas temáticas nos conteúdos abordados pelas instituições. O trabalho buscou mostrar a percepção de mulheres lésbicas sobre essas questões tendo como objetivos traçar as especificidades e as sutilezas da construção das identidades no espaço escolar e durante o ...
Um dos grandes desafios da escola é o acolhimento efetivo das diversidades que adentram esta instituição. Questões relativas à LGBTfobia e ao preconceito de gênero são comuns no espaço escolar e legitimadas por currículos que não incluem essas temáticas nos conteúdos abordados pelas instituições. O trabalho buscou mostrar a percepção de mulheres lésbicas sobre essas questões tendo como objetivos traçar as especificidades e as sutilezas da construção das identidades no espaço escolar e durante o período de frequência à escola, bem como mostrar como é percebida pelas mulheres lésbicas a representatividade sexual nos conteúdos escolares. Para isso, foram realizadas entrevistas narrativas com sete mulheres lésbicas entre 24 e 30 anos oriundas tanto da rede pública quanto da rede privada de educação. A partir da análise das entrevistas, foi possível discutir a construção da sexualidade e o papel central da escola nesse processo. A pesquisa mostrou que os desejos homoafetivos foram vividos em momentos distintos pelas mulheres, sendo mais cedo para algumas e, para outras, somente após a conclusão da escola. A vivência dessas mulheres no reconhecimento de uma identidade homoafetiva foi atravessada por violências de gênero que vão ao encontro a questões ligadas à lesbofobia. Situações de LGBTfobia foram vividas ou presenciadas dentro ou fora da escola. Com relação às abordagens da sexualidade no currículo escolar, ficou evidente a heteronormatividade e o ensino apenas pelo viés da reprodução e do risco de DST's, questões estas que, conforme os relatos, prejudicaram os processos de aceitação e reconhecimento de identidades homossexuais. Com esse trabalho, evidenciou-se a escola como reprodutora de processos normativos com relação a questões de gênero e sexualidade, temáticas cujas abordagens no currículo formal e informal são urgentes para a inclusão da diversidade. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Licenciatura.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1355)
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