Diferentes modelos de transição aplicados em um modelo simplificado de edifício de 20 andares em concreto armado e suas implicações no custo da estrutura

Abstract

Este trabalho versa sobre a existência de estruturas de transição em um edifício, e as suas implicações no custo total da estrutura, decorrentes das alterações provocadas nas solicitações e na rigidez horizontal do edifício, gerando acréscimos nos custos da estrutura em relação a uma estrutura semelhante sem transição. Inicialmente foi realizado um estudo inicial para identificar a influência da razão entre a inércia da seção transversal de vigas e de pilares na rigidez de pórticos planos, identificando a relação de máxima rigidez e que há uma faixa de valores para a razão das inércias que leva a pórticos com praticamente a mesma rigidez horizontal. Um segundo estudo exploratório foi feito com pórticos planos para identificar a influência das transições na rigidez horizontal. A existência de transição torna os pórticos mais flexíveis, mas pequenos aumentos na seção transversal das vigas de transição são muitas vezes suficientes para recuperar a rigidez perdida. Posteriormente foi feito, através do software CAD/TQS, um modelo padrão de análise, correspondente a um prédio de vinte pavimentos iguais entre si, com cinco vigas na direção do eixo X em planta, quatro vigas na direção do eixo Y em planta, com pilares dispostos regularmente com seção transversal constante das fundações à cobertura e todas as lajes maciças com mesmas alturas. A partir deste modelo padrão, foram gerados dez diferentes modelos com configurações diferentes de transição, para diferentes usos práticos e que implicaram em diferentes soluções de projeto no que diz respeito aos dimensionamentos. Após processamento dos modelos através do TQS, geraram-se tabelas de quantitativos de concreto, aço e fôrmas para todos os onze modelos, que foram orçados de acordo com os custos unitários obtidos em Matias (2019), tornando possível comparar os custos de cada solução com transição com o custo do modelo padrão de análise, sem transição. A presença de transições nos modelos analisados pode levar a um aumento de até aproximadamente 7% no custo da estrutura.