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dc.contributor.advisorAzzolin, Karina de Oliveirapt_BR
dc.contributor.authorCavalcanti, Taciana de Castilhospt_BR
dc.date.accessioned2021-02-10T04:14:18Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/217863pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: A sepse é considerada uma ameaça à segurança do paciente e à saúde global. Sua incidência vem aumentando nas últimas décadas e em paralelo a responsabilidade e preocupação com a mortalidade em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A sobrevida no pós-alta hospitalar tem melhorado ao longo dos anos, no entanto, pouco tem se avaliado quanto ao retorno às atividades da vida diária dos sobreviventes, principalmente em pacientes que adquiriram uma infecção secundária durante a internação, ou seja, uma nova Infecção Relacionada à Assistência em Saúde (IRAS). Objetivo: Comparar as taxas de disfunção orgânica durante a internação na UTI dos pacientes sépticos que adquiriram e os que não adquiriram uma infecção secundária; Avaliar o impacto de uma infecção secundária adquirida durante a internação na UTI, em pacientes sépticos, após 6 meses de alta desta unidade. Método: Trata-se de um estudo de coorte aninhado a um estudo multicêntrico prospectivo intitulado “Qualidade de vida após alta da UTI”. Foram analisados todos os pacientes com diagnóstico de sepse na admissão à UTI e que tiveram alta desta unidade. Os desfechos coletados no banco de dados, de julho a novembro de 2019, foram as sequelas clínicas, como capacidade funcional e comprometimento da saúde mental: sintomas de ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), além de readmissão hospitalar e mortalidade. Resultados: Foram avaliados 522 pacientes que internaram na UTI com diagnóstico de sepse. Destes, 95 (18,2%) adquiriram infecção secundária a sepse na unidade, ou seja, IRAS. Desta amostra, 49,6% tinham idade ≥ 65 anos, 56,5% eram do sexo masculino e 80% das internações foram de pacientes clínicos. Os pacientes com infecção secundária apresentaram escores mais altos de gravidade na admissão e maior necessidade de uso de vasopressor, ventilação mecânica invasiva, terapia renal substitutiva, delirium, tempo prolongado de internação em UTI e hospitalar do que pacientes com sepse que não adquiriram nova infecção (P < 0,001). Após 6 meses de alta da UTI, sobreviventes à sepse com e sem infecção secundária apresentaram, respectivamente, decréscimo da capacidade funcional, 54,2% versus 60,5%, P = 0,456. Comprometimento de saúde mental: sintomas de ansiedade, 5,7% versus 23,2%, P = 0,058; depressão, 8,6% versus 24,5%, P = 0,096; e TEPT, 5,6% versus 15,1%, P = 0,212. A readmissão hospitalar cumulativa foi 50,5% versus 51,9%, P = 0,910. Após a alta da UTI, ainda no período de internação hospitalar, 19 (20%) pacientes com infecção secundária foram a óbito versus 47 (11%) dos pacientes sem infecção secundária, P = 0,008. Em 6 meses foram, respectivamente, 26 (27,4%) versus 106 (24,8%), P = 0,72. Conclusão: Este estudo evidencia que pacientes sépticos com infecção secundária apresentam piores desfechos intra-hospitalar, como maior necessidade de ventilação mecânica invasiva, droga vasoativa, delirium, tempo de internação e óbito. Quando comparados os sobreviventes à sepse com infecção e sem infecção secundária, 6 meses após alta da UTI, ambos apresentam resultados semelhantes quanto à capacidade funcional, comprometimento da saúde mental, readmissão hospitalar e óbito, e de acordo com esses resultados, percebe-se que o primeiro insulto da sepse é preponderante no prognóstico dos pacientes e seus desfechos.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: Sepsis is considered a threat to patient safety and global health. Its incidence has increased in the latest decades and in parallel the responsibility and concern with mortality in the Intensive Care Unit (ICU). Survival in post-hospital discharge has improved over the years, and yet, little has been evaluated regarding the return to activities of survivors’ daily lives, especially in patients who acquired a secondary infection during hospitalization, which is, a new Health Care-Associated Infection (HAI). Objective: To compare the rates of organic dysfunction during ICU stay of septic patients who acquired and those who did not acquire a secondary infection; To evaluate the impact of a secondary infection acquired during ICU stay, in septic patients, after 6 months of discharge from this unit. Method: This is a cohort study nested in a prospective multicenter study entitled "Quality of life after discharge from the ICU". All patients diagnosed with sepsis at ICU admission who were discharged from this unit were analyzed. The outcomes collected in the database, from July to November 2019, were clinical sequelae, such as functional capacity and mental health impairment: symptoms of anxiety, depression and post-traumatic stress disorder (PTSD), as well as hospital readmission and mortality. Results: 522 patients who were admitted to the ICU with a diagnosis of sepsis were evaluated. From these, 95 (18.2%) acquired secondary infection to sepsis in the unit, that is, HAI. Of this sample, 49.6% were aged ≥ 65 years, 56.5% were male and 80% of the hospitalizations were from clinical patients. Patients with secondary infection had higher scores of severity at admission and greater need for vasopressor use, invasive mechanical ventilation, renal replacement therapy, delirium, prolonged length of ICU and hospital stay than patients with sepsis who did not acquire a new infection (P< 0.001). After 6 months of discharge from the ICU, survivors of sepsis with and without secondary infection presented, respectively, functional capacity decrease, 54.2% versus 60.5%, P = 0.456. Mental health impairment: anxiety symptoms, 5.7% versus 23.2%, P = 0.058; depression, 8.6% versus 24.5%, P = 0.096; and PTSD, 5.6% versus 15.1%, P = 0.212. Cumulative hospital readmission was 50.5% versus 51.9%, P = 0.910. After discharge from the ICU, still in the period of hospitalization, 19 (20%) patients with secondary infection died, versus 47 (11%) patients without secondary infection, P = 0.008. In 6 months, respectively, 26 (27.4%) versus 106 (24.8%), P = 0.72. Conclusion: This study shows that septic patients with secondary infection have worse in-hospital outcomes, such as greater need for invasive mechanical ventilation, vasoactive drug, delirium, length of hospital stay and death. When survivors of sepsis with infection and without secondary infection were compared 6 months after discharge from the ICU, both present similar results regarding functional capacity, mental health impairment, hospital readmission and death, and according to these results, it is seen that the first insult of sepsis is predominant in the prognosis of patients and their outcomes.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSepsept_BR
dc.subjectSepsisen
dc.subjectAnxietyen
dc.subjectAnsiedadept_BR
dc.subjectDepressionen
dc.subjectDepressãopt_BR
dc.subjectCritical careen
dc.subjectCuidados críticospt_BR
dc.titleImpacto da infecção secundária no paciente séptico após alta da UTIpt_BR
dc.title.alternativeImpact of secondary infection on septic patients after discharge from the ICU en
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001122469pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentEscola de Enfermagempt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Enfermagempt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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