Os saberes mágicos do início da modernidade
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Data
2013Autor
Tipo
Resumo
Junto ao capítulo “A prosa do mundo”, escrito por Michel Foucault em As palavras e as coisas, o presente texto traça um panorama dos saberes alquímicos do século XVI. Nesta época, onde as distinções entre Arte, Ciência e Filosofia ainda não haviam sido feitas, pode-se extrair enunciados que dão a compreender o conhecimento situado no limiar entre os tempos modernos e as antigas tradições. O que atualmente entendese como “pensamento mágico” remete aos signos presentes nas variedades de coisas ex ...
Junto ao capítulo “A prosa do mundo”, escrito por Michel Foucault em As palavras e as coisas, o presente texto traça um panorama dos saberes alquímicos do século XVI. Nesta época, onde as distinções entre Arte, Ciência e Filosofia ainda não haviam sido feitas, pode-se extrair enunciados que dão a compreender o conhecimento situado no limiar entre os tempos modernos e as antigas tradições. O que atualmente entendese como “pensamento mágico” remete aos signos presentes nas variedades de coisas existentes, os quais o sábio tinha como tarefa decifrar. Ainda que este funcionasse sobre estreitas relações analógicas entre os astros celestiais e os seres terrestres, num sistema de convenções que colocava assinaturas planetárias nos humores humanos e nos reinos naturais, os eruditos da época se ocupavam em desvendar o que se entendia como uma Grande Obra de caráter cósmico. As impressões dessa Obra comporiam um “livro do mundo”, ideia que serve de mote para os compêndios renascentistas que antecedem à Enciclopédia e às classificações do que viria a se chamar Ciências Naturais. Essa breve incursão mostra uma perspectiva estética para se compreender o mundo e extrair de seus elementos, ao invés de postulados, puras sensações. ...
Contido em
Teias (Rio de Janeiro). Rio de Janeiro. Vol. 14, n. 33 (2013), p. 157-167
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Nacional
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