Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorMello, Elza Daniel dept_BR
dc.contributor.authorReckziegel, Miriam Beatrispt_BR
dc.date.accessioned2020-05-28T03:36:36Zpt_BR
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/207750pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: Nas últimas décadas, considerando a epidemia da obesidade infanto-juvenil, ganha destaque a sua relação com a resistência à insulina (RI), representando a base fisiopatológica para o desenvolvimento da síndrome metabólica (SM). Muito tem sido publicado sobre o diagnóstico de SM nesta faixa etária, entretanto, a maioria dos estudos tem o delineamento transversal, permanecendo pontos que devem ser elucidados com pesquisas que analisem alterações dos componentes da SM da infância à adolescência, principalmente no Brasil. Na perspectiva de ampliar o diagnóstico precoce, o índice TyG, um produto a partir dos níveis de triglicerídeos (TG) e glicemia (G) em jejum, tem sido proposto como uma expressão logarítmica, com resultados promissores como um marcador de baixo custo para determinação de RI. Entretanto, valores para idade e sexo não estão ainda bem estabelecidos, necessitando ser mais amplamente investigados, principalmente na população pediátrica. O acompanhamento da evolução das crianças com alteração nos componentes da SM por um período de tempo, poderá possibilitar a obtenção da incidência de agravos nestes componentes, uma vez que alterações metabólicas, clínicas e antropométricas são mutáveis, principalmente no período da puberdade, justificando-se a importância de estudos longitudinais. Objetivo: Analisar incidência, persistência e resolução dos componentes da SM (obesidade, RI, dislipidemias e hipertensão arterial sistêmica), na transição da infância à adolescência e sua relação com o escore contínuo de risco metabólico (cMets). Identificar qual dos componentes da SM avaliados melhor prediz a evolução do risco cardiometabólico nos dois períodos temporais. Método: Estudo de coorte observacional de base populacional escolar, que contou com 469 crianças e adolescentes avaliadas na linha de base (T0) e reavaliadas após seguimento médio de 3 anos (T1). Foram estudadas variáveis antropométricas, bioquímicas, pressóricas e metabólicas de forma individual e agrupadas pelo cMetS em dois períodos temporais. A RI foi avaliada pelo índice TyG (Logn [TG (mg/dL) x G em jejum (mg/dL) /2]), após definição de pontos de corte para a população pediátrica. O cMetS foi calculado utilizando a soma do escore Z de componentes de risco da SM: circunferência da cintura (CC), pressão arterial sistólica (PAS), TG, colesterol de alta densidade (HDL-c; high density lipoprotein) e G. Os valores de HDL-c foram multiplicados por - 1, por indicarem uma relação inversa com os fatores de risco às doenças cardiovasculares. O risco cardiometabólico foi definido como “elevado” quando cMetS apresentava-se ≥ 1 desvio padrão acima da média na população estudada. Posteriormente, com o delta entre T1 e T0, os sujeitos foram categorizados pela presença de risco em grupos controle (GC), resolução (GR), incidente (GI) e persistente (GP), dicotomizando a SM. A estabilidade e instabilidade da SM da infância à adolescência foi definida pela manutenção ou não da classificação da SM nos dois períodos temporais. Os valores de corte do TyG para RI foram obtidos usando a receiver operation characteristic (ROC), com definição de sensibilidade (S), especificidade (E) e a area under the curve (AUC) ROC, tendo como padrão de referência o Homeostatic Model Assessment of Insuline Resistance (HOMA-IR). Modelos da Regressão de Poisson foram utilizados para avaliar a relação entre as trajetórias dos grupos (GC, GR, GI e GP), ajustados pela condição socioeconômica, tipo e localização da escola. Resultados: O TyG se mostrou um instrumento útil na identificação da RI, sendo proposto ponto de corte para adolescentes de ≥7,94, apresentando curva ROC de 0,64, que demonstra um poder discriminativo moderado. Os resultados do estudo longitudinal indicam que crianças e adolescentes avaliadas apresentaram agravos individualmente nas variáveis de CC, PAS e PAD, e melhoras no perfil HDL-c, no período de seguimento de 3 anos. Já na análise do risco metabólico, a maioria apresentou estabilidade, mantendo-se no GP ou GC. O excesso de peso em T0, avaliado 4 pelo IMC, configurou 4,16 vezes mais chance de ter incidência da SM em T1, quando comparado com baixo peso/eutrófico. Já no risco aumentado pela CC, a chance foi 2,69 vezes maior de SM. Baixos valores de TyG-IMC, indicador de RI, mostrou-se um fator protetor para a resolução da SM, no período de seguimento. Conclusões: Os resultados apontam o TyG com bom poder discriminatório para o diagnóstico de RI em adolescentes, principalmente quando associados ao IMC e à CC. A elevação do IMC e CC na infância confere substancial aumento na incidência do risco cardiometabólico na adolescência, e uma redução TyG-IMC, melhora a resolução. As evidências sugerem que o acompanhamento de variáveis antropométricas (CC e IMC) e metabólicas (TyG-IMC) na infância pode predizer a SM em períodos posteriores. O excesso de peso aumentou a incidência nesse período temporal, enquanto ter baixa RI apresentou ser um fator de resolução da SM. Enfrentar um problema tão complexo como a SM e os resultados conflitantes na literatura destaca a necessidade de priorizar estudos longitudinais sobre a SM e seus componentes nessa faixa etária, crucial quando se prima pela promoção da saúde e prevenção de desfechos cardiovasculares.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: In the last decades, considering the epidemy of obesity in children and adolescents, its relationship with insulin resistance (IR) has come forward, representing the pathophysiological basis for the development of metabolic syndrome (MS). Much has been published about the diagnosis of MS in this age group, however, most studies have a cross-sectional design, and points should be elucidated with studies that analyze changes in the components of MS from childhood to adolescence, especially in Brazil. Intending to increase the chance for early diagnosis, the TyG index, a product based on fasting triglyceride (TG) and glucose (G) levels, has been proposed as a logarithmic expression, with promising results as a low cost marker to determine IR; however, values for age and gender are not yet well established, needing to be further investigated, especially in the pediatric population. Monitoring the components of MS over a period of time may enable to obtain the incidence of deterioration in these components, since metabolic, clinical and anthropometric changes vary, especially during puberty, therefore justifying the importance of longitudinal studies. Objective: To analyze the incidence, persistence and resolution of the components of MS (obesity, IR, dyslipidemia, and systemic arterial hypertension) in the transition from childhood to adolescence and their relationship to the continuous metabolic score (cMets) in order to identify which of the evaluated MS components best predicts the progression of cardiometabolic risk in both time periods. Method: A observational scholar population-based cohort study of 469 children and adolescents assessed at baseline (T0) and reassessed after a mean follow-up of 3 years (T1). Anthropometric, biochemical, blood pressure and metabolic variables were studied individually and grouped by cMetS in two time periods. IR was assessed by the TyG index (Logn [TG (mg/dL) x fasting G (mg/dL)/2]) after setting cutoff points for the pediatric population. The cMetS was calculated using the sum of the Z-scores of MS risk components: waist circumference (WC), systolic blood pressure (SBP), TG, high density cholesterol (HDL-c; high density lipoprotein) and G. HDL-c values were multiplied by -1, since they have an inverse relationship with risk factors for cardiovascular disease. Cardiometabolic risk was defined as “high” when cMetS was ≥ 1 standard deviation above average in the population studied. With the delta between T1 and T0, the subjects were classified by risk in control (CG), resolution (RG), incidence (IG), and persistence (PG) groups, dichotomizing MS. The stability and instability of MS from childhood to adolescence was defined by persistence or not of the MS classification in both time periods. TyG cutoff values for IR were obtained using the receiver operation characteristic (ROC), with definition for sensitivity (Sen), specificity (Sp) and ROC area under the curve (AUC), using the Homeostatic Model Assessment of Insulin Resistance (HOMA-IR) as a reference standard. Poisson regression models were used to evaluate the relationship between group progression (CG, RG, IG, and PG), adjusted for socioeconomic status, type, and school location. Results: TyG proved to be a useful tool in the identification of IR; a cut-off point of ≥7.94 was proposed for adolescents, with a ROC curve of 0.64, a moderate discriminative power. However, when added to anthropometric variables of excess weight (TyG-body mass index (BMI) and visceral fat (TyG-WC)), these indices reached values above 0.79, increasing the diagnostic potential. The results of the longitudinal study indicate that the children and adolescents evaluated presented individual deterioration in the variables of WC, SBP and DBP, and improvements in the HDL-c profile during the 3-year follow-up. In the metabolic risk analysis, the majority presented stability, remaining in the PG or CG. Children with excess weight at T0, assessed by BMI, were 4.16 times more likely to have MS, as compared with low/normal weight. Those with increased risk according to WC, had 2.69 times higher chance for MS. Low values of TyG-BMI, indicator of IR, proved to be a protective factor for the resolution of MS in the follow-up period. Conclusions: The results indicate that TyG has good discriminatory power for the diagnosis of 6 IR in adolescents, especially when associated with BMI and WC. High BMI and WC in childhood bring a substantial increase in the incidence of cardiometabolic risk in adolescence, and a reduction in TyG-BMI improves resolution. Evidence suggests that monitoring anthropometric (WC and BMI) and metabolic (TyG-BMI) variables in childhood may predict MS later in life. Excess weight increased the incidence in this time period, while having low IR was a factor in favor of MS resolution. Facing a problem as complex as MS and the conflicting results in the literature emphasize the need to prioritize longitudinal studies on MS and its components in this age group, crucial when it comes to health promotion and prevention of cardiovascular results.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectMetabolic syndromeen
dc.subjectResistência à insulinapt_BR
dc.subjectSíndrome metabólicapt_BR
dc.subjectChilden
dc.subjectAdolescenten
dc.subjectTécnicas de diagnóstico endócrinopt_BR
dc.subjectEstudos longitudinaispt_BR
dc.subjectInsuline resistanceen
dc.subjectObesidade infantilpt_BR
dc.subjectObesityen
dc.subjectSensitivity and specificityen
dc.subjectCriançapt_BR
dc.subjectAdolescentept_BR
dc.subjectDiagnostic techniquesen
dc.subjectEndocrinologyen
dc.subjectLongitudinal studiesen
dc.titleComparação dos componentes da síndrome metabólica em adolescentes em dois períodos temporaispt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001112737pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescentept_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2019pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples