Desenvolvimento de um índice para avaliar marcadores periféricos na dor crônica
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Data
2013Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: Embora tenhamos visto um aumento impressionante na literatura sobre os possíveis mecanismos envolvidos na dor musculoesquelética crônica bem como a endometriose, faltam abordagens para avaliar de forma integrada a função deste complexo processo. Este estudo relata a primeira avaliação em bloco de marcadores associados à dor musculoesquelética crônica e endometriose. Objetivo: Avaliar um índice de biomarcadores periféricos (IBP) - BDNF, IL-6, IL-10 e TNF - na dor crônica com fisiopat ...
Introdução: Embora tenhamos visto um aumento impressionante na literatura sobre os possíveis mecanismos envolvidos na dor musculoesquelética crônica bem como a endometriose, faltam abordagens para avaliar de forma integrada a função deste complexo processo. Este estudo relata a primeira avaliação em bloco de marcadores associados à dor musculoesquelética crônica e endometriose. Objetivo: Avaliar um índice de biomarcadores periféricos (IBP) - BDNF, IL-6, IL-10 e TNF - na dor crônica com fisiopatologia distinta [cefaleia do tipo tensional crônica (CTTC), fibromialgia (FM), osteoartrite (OA), endometriose e síndrome dolorosa miofascial crônica (SDM)] e em controles (sujeitos sem dor). Também avaliar estes mesmos biomarcadores de acordo com a gravidade da dor. Métodos: Foi utilizada a curva ROC para avaliar as propriedades discriminantes de sensibilidade, de especificidade e valores preditivos, na comparação entre pacientes com dor crônica e controles, e em pacientes com dor classificada como leve ou moderada a intensa. A sensibilidade e a especificidade também foram avaliadas de acordo com a intensidade da dor de cada categoria de diagnóstico. Finalmente, analisamos as propriedades discriminatórias de um índice global (IG), constituído por quatro fatores [perfil sócio-demográfico; estado de saúde e hábitos de vida; carga psicoemocional e marcadores biológicos]. Este estudo transversal recrutou mulheres, de 19 a 75 anos (n=149), portadoras de dor crônica relacionada à SDM (n=18), OA de joelho (n=23), FM (n=22), endometriose (n=31), CTTC (n=23) e controles (n=32). Foram avaliados aspectos sócio-demográficos, sintomas depressivos, catastrofismo relacionado à dor, e o escore de dor utilizando a escala visual analógica (VAS) classificado em leve (<40 mm) e moderado a intenso (> 40 mm). Os biomarcadores foram analisados em soro através da técnica de ELISA. Resultados: A partir da curva ROC construída para os biomarcadores (TNF, IL-6, IL-10, BDNF) individualmente e para o IBP e o IG. O IG apresentou uma sensibilidade de 99,15% e especificidade 90,63% (1 - especificidade = 0,093) para discriminar pacientes com dor crônica de controles. Para discriminar a intensidade da dor (leve vs. moderada a intensa) este índice apresentou sensibilidade e especificidade de 75% e 72,97%, respectivamente. A sensibilidade e especificidade do IBP para discriminar dor crônica foi de 100% para sensibilidade e de 3,3% para especificidade. Para discriminar a intensidade da dor a sensibilidade e especificidade do IBP foi 100% e 13,51%, respectivamente. A sensibilidade do BDNF e a especificidade para discriminar pacientes com dor crônica foi 100% e 34,38% respectivamente. Conclusão: O melhor índice para diagnosticar a presença de dor crônica, assim como para discriminar a intensidade da dor foi o IG. Este índice, bem como o BDNF, fornece satisfatória discriminação para identificar pacientes com dor crônica de controles e para diferenciar distintas intensidades dor. O BDNF sérico pode ser utilizado como marcador para discriminar a presença e gravidade da dor, mas é pouco específico. No global, estes índices de biomarcadores abrem a possibilidade para que se executem futuros estudos destinados ao aprimoramento no diagnóstico e na terapêutica na área da dor crônica musculoesquelética e inflamatória. ...
Abstract
Background: Although we have seen an impressive increase in the literature about the possible mechanisms involved in musculoskeletal chronic pain as well endometriosis, lack approaches to assess in an integrative manner the function of this complex process. This reports the first en bloc assessment markers associated with musculoskeletal chronic pain and endometriosis. Objective: Assess Index of Biomarkers in Chronic Pain (IBCP) (i.e. serum BDNF, IL-6, IL-10 and TNF) in chronic pain of distinct ...
Background: Although we have seen an impressive increase in the literature about the possible mechanisms involved in musculoskeletal chronic pain as well endometriosis, lack approaches to assess in an integrative manner the function of this complex process. This reports the first en bloc assessment markers associated with musculoskeletal chronic pain and endometriosis. Objective: Assess Index of Biomarkers in Chronic Pain (IBCP) (i.e. serum BDNF, IL-6, IL-10 and TNF) in chronic pain of distinct physiopathology [chronic tensiontype headache (CTTH), fibromyalgia, osteoarthritis (OA), endometriosis, myofascial pain syndrome (MPS)] and in controls (subjects without pain). Also evaluate these same biomarkers according pain severity. Methods: Using the ROC curve we assess the discriminate properties the sensibility, specificity and predictive values comparing patients with chronic pain with controls and in patients classified as mildly or moderate to intense pain. The sensibility and specificity according pain intensity was assessed for each specific diagnosis category. Finally we assessed discriminate propriety of global index (GI) constituted by four factors [socio-demographic profile; health status and life habits; psychoemotional burden and serum biomarkers]. This cross-sectional study recruited women (n=149), 19 to 75 years of age, who had chronic pain related to MPS (n=18) knee OA (n=23), fibromyalgia (n=22), endometriosis (n=31), CTTH (n=23) and controls (n=32). We assess socio-demographic characteristics, depressive symptoms, catastrophism relate to pain, and the pain score using the visual analogue scale (VAS) classified in mild (<40mm) and moderate to intense (>40mm). The biomarkers were analyzed in serum by ELISA. Results: From the ROC the GI achieved a sensitivity of 99.15% and specificity 90.63% (1 – specificity = 0,093) to discriminate patients with chronic pain related and for pain intensity (mildly vs. moderate to intense) 75% and 72,97%, respectively. The sensibility and specificity of IBCP discriminates chronic pain achieved a sensibility of 100% and specificity 3.3% and to discriminate pain intensity the sensibility and the specificity was 100% and 13.51%, respectively. The serum BDNF sensibility and specificity to discriminate patients with chronic pain was 100% and 34.38%, respectively. Conclusion: The best index to discriminate pain intensity for specific diagnosis was GI, as well chronic pain. Global index as well BDNF provided a good means of discrimination between patients with chronic pain and controls, and to discriminate mildly and moderate to intense pain. Serum BDNF is good marker to discriminate presence and severity of pain, but it is non-specific. In overall these biomarkers index provide the initial building blocks for future studies designed to develop more-specific diagnostic capabilities that correlate better with pain and pain-related function. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas.
Coleções
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Ciências da Saúde (9084)Ciências Médicas (1556)
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