Avaliação e caracterização da contaminação da área recuperada de Belluno-IV, Siderópolis, Santa Catarina
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Data
2019Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Na Bacia do Paraná, na região permocarbonífera em Santa Catarina (SC) ocorreu uma intensa explotação de carvão mineral até o fim do século passado. As atividades minerárias tiveram um fim abrupto, o que gerou o abandono de diversas cavas com rejeito e estéril exposto por toda região. Esse material quando exposto a processos intempéricos promove a geração de processos de drenagem ácida de mina, através da dissolução de minerais sulfetados como a pirita. Na região ainda há pouca caracterização ge ...
Na Bacia do Paraná, na região permocarbonífera em Santa Catarina (SC) ocorreu uma intensa explotação de carvão mineral até o fim do século passado. As atividades minerárias tiveram um fim abrupto, o que gerou o abandono de diversas cavas com rejeito e estéril exposto por toda região. Esse material quando exposto a processos intempéricos promove a geração de processos de drenagem ácida de mina, através da dissolução de minerais sulfetados como a pirita. Na região ainda há pouca caracterização geoquímica nas camadas contaminadas. E enquanto os projetos de recuperação ambiental na região vêm tomando força na última década devido a execução dessas obras pela CPRM, e sua contribuição com estudos hidrogeoquímicas das águas subterrâneas são um importante passo, a caracterização geológica e geoquímica das litologias é um passo fundamental para o entendimento dos processos atuantes na área, e para otimizações dos projetos. O objetivo do presente trabalho é caracterizar do ponto de vista geológico e geoquímico o material contaminado e a cobertura seca aplicada durante as obras de recuperação para confinar e conter processos de DAM na área. Ainda, situar o estado atual da contaminação dentro de parâmetros ambientais regionais definidos pela legislação. A área de Belluno – IV, objeto de estudo deste projeto, é uma cava de mineração da carbonífera Treviso S/A, cujo o contaminante é o estéril sulfetado das camadas de carvão. Além da camada do contaminante, foi estudado ainda a camada de cobertura seca aplicada sobre o estéril com o objetivo de conter a geração de DAM. Para isso, foram utilizadas descrições e lâminas petrográficas, seções polidas e análises por difração de raios X, ICP-MS, fluorescência de raios X e análises básicas de solo. Foi constatado que o estéril da mineração é composto por quatro litologias diferentes do Membro Siderópolis, da Formação Rio Bonito, e foi identificado que há valores acima dos permitidos para elementos considerados contaminantes como As, Cu, Pb e Hg. A quantidade de enxofre é variável, podendo chegar até dois porcento, comprovando que o estéril pode ser a origem dos processos de DAM. Ainda, que a cobertura seca foi obtida de siltitos da Formação Palermo, e possuem altas capacidades de trocas de cátions com o contaminante, o que é interessante do ponto de vista da recuperação, pois resulta na contenção e imobilização do contaminante. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Geociências. Curso de Geologia.
Coleções
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TCC Geologia (389)
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