Prevalência de baixa disponibilidade de energia em atletas recreacionais e sua relação com o volume de treino
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Data
2019Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
As necessidades energéticas diárias correspondem a toda energia requerida pelo indivíduo em um período de 24 horas. Na prática esportiva profissional, sabe-se que a determinação destas necessidades influência desde a saúde até a performance do atleta. Entretanto, o aporte calórico ingerido por quem se exercita pode não ser suficiente, assim, se este não corresponder às demandas de energia do corpo, poderá causar uma baixa disponibilidade de energia (DE) e deficiência relativa de energia no espo ...
As necessidades energéticas diárias correspondem a toda energia requerida pelo indivíduo em um período de 24 horas. Na prática esportiva profissional, sabe-se que a determinação destas necessidades influência desde a saúde até a performance do atleta. Entretanto, o aporte calórico ingerido por quem se exercita pode não ser suficiente, assim, se este não corresponder às demandas de energia do corpo, poderá causar uma baixa disponibilidade de energia (DE) e deficiência relativa de energia no esporte (RED-S), o que afeta o desempenho, piora a recuperação muscular e aumenta a probabilidade de lesão. O risco de baixa DE parece ser bem estabelecido quando se trata de atletas de elite, porém estudos com atletas recreacionais ainda são escassos, não estando claro se esta deficiência é exclusiva do alto rendimento ou pode estar presente em praticantes de exercício submetidos à menores volumes de treino. Desta forma, o objetivo deste estudo é investigar a prevalência de baixa DE em atletas recreacionais e sua correlação com o volume de treino. Metodologicamente, trata-se de um estudo transversal retrospectivo desenvolvido mediante consulta ao banco de dados dos prontuários de atletas recreacionais, atendidos pelo Ambulatório de Nutrição no Esporte do curso de Nutrição da UFRGS. Foram incluídos 96 atletas, 41 do sexo feminino e 55 do masculino, com idades entre 18 e 48 anos. Os esportes abrangidos eram diversos como vôlei, handebol, futebol, jiu-jitsu etc. Foram coletados registros de dados antropométricos dos atletas (massa corporal total, estatura, IMC, percentual de gordura corporal, massa livre de gordura) e dados dietéticos (recordatório alimentar de 24 horas) para calcular a ingestão alimentar habitual informada e calcular as estimativas energéticas, além de idade, modalidade esportiva e rotina de treinos. A análise estatística foi descritiva e a ingestão alimentar referida x estimativa energética foi também avaliada pelo gráfico de Bland-Altmann. As diferenças foram consideradas significativas para valores de p<0,05. Como resultados, foi encontrada uma alta presença de baixa DE e risco para RED-S em atletas recreacionais, sendo este risco preocupante em ambos os sexos. Desta maneira, percebe-se que atletas recreacionais estão submetidos a risco de RED-S e, portanto, necessitam de uma maior atenção do nutricionista para o diagnóstico e prescrição de suas demandas energéticas. ...
Abstract
The daily energy needs correspond to all energy required by an individual for twenty-four hours. In professional sports practice, it is known that the correct determination of these needs influence and athlete’s health and performance. When the caloric intake by athletes does not support the energy demands of the body, it may cause a low energy availability (EA) and relative energy deficiency in sport (RED-S), which may affect athlete’s performance, worsens muscle recovery and increases the pro ...
The daily energy needs correspond to all energy required by an individual for twenty-four hours. In professional sports practice, it is known that the correct determination of these needs influence and athlete’s health and performance. When the caloric intake by athletes does not support the energy demands of the body, it may cause a low energy availability (EA) and relative energy deficiency in sport (RED-S), which may affect athlete’s performance, worsens muscle recovery and increases the probability of injuries. The risk of low EA is well-established in elite athletes, whereas it is not known whether this deficiency is exclusive to high performance practice or may also be present in recreational athletes submitted to lower training volumes. Therefore, the objective of this study was to investigate the prevalence of low EA in recreational athletes and its association with training volumes. Methodologically, this is a retrospective cross-sectional study to be developed by consulting the database of medical records of recreational athletes, attended the Sports Nutrition Clinic at Nutrition’s Department, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brazil. Ninety-six athletes were included, 41 female and 55 male aged 18 to 48 years old. They pratice sports like as volleyball, handball, soccer, jiu-jitsu etc. Anthropometric data was be collected from athletes (total body mass, height, BMI, body fat percentage, fat-free mass) and dietary data (24-hour dietary record) for calculate reported habitual dietary intake and estimates energy needs, besides age, type of sport practice and training routine. Statistical analysis was descriptive and the reported food intake x estimate energy was also be evaluated by the Bland-Altmann graph. Differences was considered significant for p values lower than 0.05 (p<0.05). We expected to find a low prevalence of RED-S correlated with training volumes. As a result, a low ED presence was found, which is worrying in both sexes, which may present a risk for RED-S. Thus, recreational athletes are also at risk of RED-S, and therefore need attention of the nutritionist for the diagnosis and prescription of their energy demands. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
Coleções
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TCC Nutrição (579)
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