Efeitos do treinamento concorrente associado à potência sobre função neuromuscular e a funcionalidade de homens idosos

Abstract

O treinamento concorrente (TC) demonstra ser uma eficiente estratégia na melhora das funções neuromusculares e cardiorrespiratórias de idosos, repercuntindo principalmente na manutenção da capacidade funcional no envelhecimento. No entanto, faltam informações sobre a associação do treinamento de potência como alternativa ao componente de força tradicional no TC. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito de 16 semanas de dois modelos de TC; treinamento de força tradicional combinado ao HIIT e treinamento de potência associado ao HIIT, sobre a função neuromuscular, cardiorrespiratoria e funcionalidade de homens idosos, bem como comparar a efetividade de ambos sobre tais variáveis. A amostra foi composta por quarenta homens idosos (≥60 anos) randominzados em dois grupos de treinamento (TCT=TFT+HIIT, TCP=TP+HIIT). Uma repetição máxima (1-RM), taxa de prodrução de torque, espessura muscular do quadríceps femoral, consumo máximo de oxigênio de pico (VO2pico), economia de movimento, potência muscular no salto com contra movimento e desempenho funcional foram avaliados pré, após 8 e 16 semanas de treinamento. Ambos os grupos TCT e TCP aumentaram significativamente (p<0,05) e similarmente sem diferença entre eles, o 1RM, espessura muscular dos musculos reto femoral, vasto medial e vasto lateral, taxa de produção de torque nos períodos (0-50, 0-100 e 100-200), VO2pico, economia de movimento, potência muscular, capacidade funcional, após as 16 semanas de treinamento. Dessa forma, o presente estudo mostra que baixas intensidades e volumes de treino realizados com alta velocidade combinado ao HIIT são eficientes na melhora da capacidade neuromuscular, cardiorrespiratória e funcionalidade de homens idosos.

Concurrent training (CT) is an efficient strategy to improve neuromuscular and cardiorespiratory functions in older, reverberating mainly in the maintenance of the functional capacity during the aging. However, there is a lack of information on the association of power training as an alternative to the traditional strength component during CT. Thus, the aim of the present study was verify the 16-week effects of two CT models: Traditional strength training combined with high intensity interval training (HIIT) vs. power training associated with HIIT on neuromuscular and cardiorespiratory function in older men. Thirty-five older men (65,8±3,9 years) were randomly placed into two training groups TCF: TFT + HIIT (18), TCP: PT + HIIT (17), the TCF trained with intensity of 65-80% 1RM, and the TCP group with intensity of 40-60% 1RM. One-repetition maximum(1RM), rate of torque development (RTD), muscle power during countermovement jump (CMJ), quadriceps femoris muscle thickness, maximum oxygen consumption peak (VO2peak), functional tests: sit and stand up, timed up and go and climb stairs; body composition (DXA); maximum power in cycle ergometer (Wmax) and movement economy; were assessed before training, after 8 and 16 weeks of CT. After training, all groups improved similarly and significantly (p<0.05) all neuromuscular and cardiorespiratory variables. These findings suggest that both CT models are effective in improving neuromuscular function and aerobic power. In addition, even performed at lower intensities, explosive resistance training (power training) induces similar neuromuscular adaptations.