Algumas observações sobre o modus operandi e a prudência do juiz no Direito canônico indiano
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Data
2017Tipo
Outro título
Some observations regarding the modus operandi and the prudence of the judge in Indian Canon Law
Algunas observaciones acerca del modus operandi y la prudencia del juez en el derecho canónico indiano
Assunto
Resumo
A incorporação das Índias à Coroa de Castela implicou a vigência, no Novo Mundo, da complexa estrutura de fontes que vigorava na Europa, com seus direitos históricos, formados por camadas sucessivas. Entretanto, nestas vastas terras, administrar a justiça era um desafio ainda maior – pelas distâncias, pelo ineditismo da situação, pelo encontro com as culturas indígenas. Se o ius commune admitia uma grande flexibilidade, ainda maior era a requerida pelo mundo indiano. Neste artigo estuda-se um a ...
A incorporação das Índias à Coroa de Castela implicou a vigência, no Novo Mundo, da complexa estrutura de fontes que vigorava na Europa, com seus direitos históricos, formados por camadas sucessivas. Entretanto, nestas vastas terras, administrar a justiça era um desafio ainda maior – pelas distâncias, pelo ineditismo da situação, pelo encontro com as culturas indígenas. Se o ius commune admitia uma grande flexibilidade, ainda maior era a requerida pelo mundo indiano. Neste artigo estuda-se um aspecto do particular processo de transplante e de reprodução das normas do ius commune nas Índias, tomando como ponto de partida a normativa sobre a competência jurisdicional do juiz eclesiástico para os assuntos das personæ miserabiles. A análise das autoridades medievais e de sua interpretação pelos autores europeus e indianos da Baixa Idade Moderna mostra como a pluralidade, a disparidade e a historicidade das fontes do direito contribuíam para criar um modus operandi muito particular. Destaca-se, pois, a íntima relação entre as condições pragmáticas da administração da justiça, especialmente as concernentes às fontes do direito, e a cultura jurídica que se erigia sobre essas bases institucionais. ...
Abstract
The incorporation of the Indies to the Crown of Castille implied the enforcement in the New World of a complex structure of legal sources that was being applied in Europe, with its historic rights and successive layers. But providing justice in these vast lands was a greater challenge, due to the distances involved, unknown realities, and encounters with indigenous cultures. Ius commune allowed much flexibility, but the New World would require even more. This essay examines one aspect of that p ...
The incorporation of the Indies to the Crown of Castille implied the enforcement in the New World of a complex structure of legal sources that was being applied in Europe, with its historic rights and successive layers. But providing justice in these vast lands was a greater challenge, due to the distances involved, unknown realities, and encounters with indigenous cultures. Ius commune allowed much flexibility, but the New World would require even more. This essay examines one aspect of that particular legal adaptation process, by studying norms that established jurisdictional competence for ecclesiastic judges in the affairs of personae miserabilis. Reviews of medieval authorities, and how they were interpreted by writers of the early Modern Age in Europe and the Indies, show that the plurality, disparity, and historicity of legal sources contributed to create a very special modus operandi. Thus is highlited a close relation between the pragmatic conditions of a judicial administration, and specially that of legal sources, and the legal culture built upon these institutional foundations. ...
Resumen
Como es sabido, la incorporación de las Indias a la Corona de Castilla implicó la vigencia en el Nuevo Mundo de la compleja estructura de fuentes que regía en Europa, con sus derechos históricos, formados por sucesivos estratos. Sin embargo, en estas vastas tierras, administrar justicia era un desafío aún mayor – por las distancias, por lo inédito de la situación, por el encuentro con las culturas indígenas. Si el ius commune admitía una gran flexibilidad, más lo requería el mundo indiano. En e ...
Como es sabido, la incorporación de las Indias a la Corona de Castilla implicó la vigencia en el Nuevo Mundo de la compleja estructura de fuentes que regía en Europa, con sus derechos históricos, formados por sucesivos estratos. Sin embargo, en estas vastas tierras, administrar justicia era un desafío aún mayor – por las distancias, por lo inédito de la situación, por el encuentro con las culturas indígenas. Si el ius commune admitía una gran flexibilidad, más lo requería el mundo indiano. En el artículo se estudia un aspecto del particular proceso del trasplante y de la reproducción de normas del ius commune en las Indias, tomando como punto de partida la normativa sobre la competencia jurisdiccional del juez eclesiástico para los asuntos de las personæ miserabiles. La mirada de las autoridades medievales y a su interpretación por autores europeos e indianos de la Temprana Edad Moderna muestra cómo la pluralidad, la disparidad y la historicidad de las fuentes del derecho contribuían a crear un modus operandi muy particular. Se destaca pues, la íntima relación entre las condiciones pragmáticas de la administración de justicia, especialmente las fuentes del derecho, y la cultura jurídica que se erigía sobre estas bases institucionales. ...
Contido em
Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vol. 37, (dez. 2017), p. 52-79
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