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dc.contributor.advisorSilva, Liliam Ramos dapt_BR
dc.contributor.authorSilva, Adriana Kerchner dapt_BR
dc.date.accessioned2019-04-05T04:17:25Zpt_BR
dc.date.issued2018pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/190081pt_BR
dc.description.abstractO presente trabalho analisa a postura dos literatos cubanos do grupo de Domingo del Monte; o tradutor irlandês Richard Madden e o tradutor brasileiro Alex Castro em relação a Juan Francisco Manzano, com base em Said (2005), considerando-os como mediadores para a escrita e publicação de sua obra A autobiografia do poeta-escravo (1836). Os primeiros foram os responsáveis pela encomenda do livro na década de 1830, feita em troca da compra da alforria de Manzano. A partir das considerações de Spivak (2010) e Kilomba (2017), discute-se o quanto o escritor, com tal situação, podia realmente escrever tudo que quisesse livremente, e o quanto seria de fato escutado pelo grupo de literatos e por todos seus possíveis leitores brancos, diretamente implicados no regime escravocrata, que ele estava denunciando. Ademais, levantam-se hipóteses sobre quais as expectativas que os literatos tinham em relação ao texto, algo que também estava no horizonte de Manzano no momento de escritura, visto que ele valia sua manumissão. O segundo mediador é Richard Madden, importante abolicionista, responsável pela primeira publicação, em tradução, da Autobiografia, em 1840. Em sua tradução, analisada neste trabalho, foram realizadas diversas alterações, principalmente no que diz respeito à individualidade e subjetividade de Manzano. Nesse sentido, manteve apenas os relatos de torturas, visando utilizar o texto do poeta cubano como representativo de uma coletividade de escravizados, apagando sua individualidade. Em relação à sua postura, a discussão é sobre a diferença entre a imagem que Manzano constrói para si em seu texto e a imagem construída por Madden em sua tradução. Por fim, analisa-se a postura do tradutor brasileiro Alex Castro, já no século XXI, em relação ao texto de Manzano. Com base em Venuti (2002), Arrojo (1996, 2003) e Even-Zohar (2012, 2013), discute-se a atitude importante do tradutor de procurar incluir a Autobiografia no polissistema literário brasileiro de um modo diferente, principalmente pela transcriação que realizou, na qual criou um narrador Manzano lusófono fictício e procurou respeitar a voz do poeta, considerando que todos os desvios gramaticais do texto original eram parte importante do texto, não algo a ser corrigido. Em conclusão, considera-se que os dois primeiros foram figuras importantes historicamente, mas com atitudes muito controversas, que devem, sim, ser problematizadas. Castro, enquanto alguém distante no tempo, teve uma postura muito diversa, muito mais respeitosa em relação a Manzano.pt_BR
dc.description.abstractEl presente trabajo analiza la postura de los literatos cubanos del grupo de Domingo del Monte; del traductor irlandés Richard Madden y del traductor brasileño Alex Castro en relación a Juan Francisco Manzano, con base en Said (2005), considerándolos como mediadores para la escritura y publicación de su obra A Autobiografia do poeta-escravo (1836). Los primeros son responsables por la encomienda del libro en la década de 1830, hecha a cambio de la compra de la manumisión de Manzano. Desde las contribuciones de Spivak (2010) y Kilomba (2017), se discute cuánto el escritor, con tal situación, realmente podía escribir todo lo que quisiera libremente, y cuánto le escucharían el grupo de literatos y todos sus posibles lectores blancos, directamente implicados en el régimen de la esclavitud, que Manzano denunciaba. Además, se levantan hipótesis sobre cuales expectativas tenían los literatos en relación al texto, algo que también estaba en el horizonte de Manzano en el momento de la escritura, ya que valía su manumisión. El segundo mediador es Richard Madden, importante abolicionista, responsable por la primera publicación, en traducción, de la Autobiografia, en 1840. En su traducción, analizada en este trabajo, se realizaron diversas alteraciones, principalmente en lo que toca a la individualidad y subjetividad de Manzano. En este sentido, mantuvo apenas los relatos de torturas, con el fin de utilizar el texto del poeta cubano como representativo de una colectividad de esclavizados, borrando su individualidad. En relación a su postura, la discusión es sobre la diferencia entre la imagen que Manzano construye para sí y la imagen construida por Madden en su traducción. Por fin, se analiza la postura del traductor brasileño Alex Castro, ya en el siglo XXI, en relación al texto de Manzano. Con base en Venuti (2002), Arrojo (1996, 2003) y Even-Zohar (2012, 2013), se debate la actitud importante del traductor de intentar incluir la Autobiografia en el polisistema literario brasileño de un modo diferente, principalmente por la transcriación que realizó, en la cual creó un narrador Manzano hablante de portugués ficticio y procuró respetar la voz del poeta, considerando que todos los desvíos gramaticales del texto original forman parte importante del texto, no son algo a corregirse. En conclusión, se considera que los dos primeros fueron figuras importantes históricamente, pero con actitudes muy controvertidas, que deben, sí, problematizarse. Castro, como alguien distante en el tiempo, tuvo una postura muy diversa, mucho más respetuosa en relación a Manzano.es
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectManzano, Juan Francisco. A autobiografia do poeta-escravopt_BR
dc.subjectEsclavitud en Cubaes
dc.subjectLiteratura afro-hispano-americanapt_BR
dc.subjectEscravidão : Cubapt_BR
dc.subjectTradução comentadapt_BR
dc.titleJuan Francisco Manzano e seus mediadores : relações desiguais e silenciamentospt_BR
dc.typeTrabalho de conclusão de graduaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001090598pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2018pt_BR
dc.degree.graduationLetras: Bachareladopt_BR
dc.degree.levelgraduaçãopt_BR


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