Os tremores da queda : memória e trajetória de Anna Savitskaia, das reformas à dissolução da URSS (1985 - 1992)

Abstract

O presente trabalho analisa a trajetória de vida de Anna Savitskaia, nascida na URSS, atual localidade da Ucrânia, que vivenciou o dia a dia do país até sua dissolução em dezembro de 1991. Após a sua queda, em menos de um ano, Anna, acompanhada de seu marido Oleg Savitskii, deixou a agora ex-URSS e migrou para o Brasil em 1992, onde até hoje vive em Porto Alegre (RS). Assim, valendo-se de sua trajetória, busca-se observar suas memórias em relação a este período de turbulências da história soviética – das reformas a dissolução. Analisando estas memórias, que Anna construiu para si em relação a este período, ou mesmo, quais elementos tornaram-se significativos neste processo de construção da memória, bem como a sua reavaliação. Tomando-a enquanto um sujeito na sua historicidade, dentro de um campo de tensões, contradições e possibilidades (ou impossibilidades). Não obstante, a escolha da história oral para reconstituir a história do tempo presente é reivindicada tendo em vista a adequação desse método aos nossos questionamentos e problemáticas.

The present paper analyzes the life trajectory of Anna Savitskaia, born in the USSR, current locality of Ukraine, lived the day to Day of the country until its dissolution in December of 1991. After her fall, in less than a year, Anna, accompanied by her husband Oleg Savitskii, left the now ex-USSR and migrated to Brazil in 1992, where he still lives in Porto Alegre (RS). Thus, using its trajectory, it is sought to observe its memories in relation to this period of turbulences of the Soviet history – of the reforms the dissolution. Analyzing these memories, which Anna built for herself in relation to this period, or even, what elements have be come significant in this process of memory building, as well as its re-evaluation. Taking it as a subject in its historicity, within a Field of tensions, contradictions and possibilities (or impossibilities). Nevertheless, the choice of oral history to reconstitute the history of the present time is claimed in view of the adequacy of thi smethod to our questions and problems.