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dc.contributor.authorMeyer, Birgitpt_BR
dc.contributor.authorNeubhaher, Gabrielapt_BR
dc.contributor.authorLara, Tiago Paraná dept_BR
dc.contributor.authorBecker, Elizamari Rodriguespt_BR
dc.contributor.authorGiumbelli, Emerson Alessandropt_BR
dc.contributor.authorRickli, João Fredericopt_BR
dc.contributor.authorToniol, Rodrigo Ferreirapt_BR
dc.date.accessioned2019-02-19T02:33:03Zpt_BR
dc.date.issued2018pt_BR
dc.identifier.issn1519-843Xpt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/188850pt_BR
dc.description.abstractO Cristianismo é uma religião mundial devido a sua premissa fundamental, apoiada na experiência de Pentecostes, que marca a substituição de Jesus pelo Espírito Santo. Embora a propagação do Pentecostalismo, com sua ênfase na portabilidade e mobilidade, anuncie uma nova forma de religiosidade, minha intenção não é enquadrar o Pentecostalismo como inteiramente distinto dos outros ramos do Cristianismo. Minha preocupação é retomar a estética para o estudo do Pentecostalismo a fim de desenvolver uma alternativa para as lentes protestantes geralmente usadas para analisá-lo, mas que são cegas à importância das sensações. Mais amplamente, o próprio estudo do Protestantismo sofre por não questionar suas autodescrições que tendem a insistir numa postura antiestética e iconoclástica. Isso é profundamente problemático, pois não pode haver uma religião antiestética, não obstante as declarações feitas pela própria perspectiva religiosa. Tais declarações não deveriam permanecer inquestionadas, muito menos serem elevadas a conceitos acadêmicos. Temos aí a oportunidade para teorizarmos não só o Pentecostalismo, mas também o Cristianismo global, no passado e no presente. Isso nos permite contestar, por exemplo, algumas distinções simplistas entre o Catolicismo, geralmente entendido como uma “religiosidade mágica” e vinculado a coisas, e o Protestantismo, considerado como um modelo de “religião de salvação” que, portanto, rejeita estética, forma e imagens Embora tais distinções possam ser mobilizadas repetidamente em autorepresentações religiosas, enquanto estudiosos precisamos transcender tais afirmações em favor de uma visão mais equilibrada que reconheça a estética – e a materialidade – como sendo uma parte fundamental do Cristianismo e da religião em geral. Usando os conceitos de formas sensoriais e de estética da persuasão, procurei abrir espaço para métodos alternativos de teorização e investigação do Cristianismo global, especialmente o Pentecostalismo. Ao chamar a atenção para a importância das sensações e da estética, meu interesse não é celebrar o corpo sensível como um local portátil da verdade e da imediata experiência prazerosa, mas sim mostrar como o corpo e as sensações estão sujeitos a poderosas (e concorrentes) formações político-religiosas. A estética não deveria ser despolitizada ou descartada como inferior ao pensamento racional e a formas de mobilização. Melhor seria considerá-la como central para a formação de modos coletivos e individuais de ser e pertencer. Isso demanda uma análise sofisticada do que a estética torna e não torna sensível, especialmente nos campos da religião e da política, mobilizando o corpo e induzindo sensações Ao enfatizar as sensações corporais pessoais como índice definitivo para a presença e o poder do Espírito Santo, o Pentecostalismo não só epitomiza a centralidade do corpo como um mensageiro da verdade e da identidade nos dias de hoje. Sua popularidade global também frisa a necessidade de que os estudiosos (e os praticantes) dos campos da religião e da política considerem fortemente o corpo, as sensações e a experiência. A observação de Weber de que o alcance universal e a recuperação da arte e da estética andam juntos – apesar de ele ter visto isso como uma recaída na “religiosidade mágica” – deve ser, portanto, levada a sério: o Cristianismo global exige atenção à estética, entendida no sentido amplo.pt_BR
dc.description.abstractChristianity is a world religion by virtue of its foundational premise, grounded in the experience of Pentecost, which marked the replacement of Jesus by the Holy Spirit. Although the spread of Pentecostalism with its emphasis on portability and mobility signals a new kind of religiosity, I do not intend here to frame Pentecostalism as entirely distinct from other branches of Christianity. My concern is to recapture aesthetics for the study of Pentecostalism in order to develop an alternative to the Protestant lens, which is often used to analyze Pentecostalism but which is blind to the importance of sensation. More broadly, the study of Protestantism itself suffers by not questioning Protestant self-descriptions that tend to stress an iconoclastic, antiaesthetic stance. This is deeply problematic, as there cannot be an antiaesthetic religion, notwithstanding assertions made from an internal religious perspective. Such assertions should not be taken for granted, let alone elevated to the level of scholarly concepts. This then opens up a space for theorizing both Pentecostalism and global Christianity, past and present. This allows us to challenge, for instance, some simplistic distinctions between Catholicism, often understood in terms of “magical religiosity” and as indebted to things, and Protestantism, regarded as a model “salvation religion” and hence as rejecting aesthetics, form, and images While such distinctions may be mobilized repeatedly in religious self-representations, as scholars we need to transcend such claims in favor of a more balanced view that acknowledges aesthetics – and materiality – as being a fundamental part of Christianity and of religion in general. Using the concepts of the sensational form and the aesthetics of persuasion, I have sought to open up alternative methods for theorizing and exploring global Christianity, especially Pentecostalism. Stressing the importance of sensation and aesthetics, my concern has not been to celebrate the feeling body as a portable site of truth and pleasurable immediate experience but rather to show how the body and sensations are subject to powerful (competing) politico-religious formations. Aesthetics should not be depoliticized or dismissed as inferior to rational thinking and forms of mobilization, but it should be taken as central to the formation of personal and collective modes of being and belonging This calls for a sophisticated analysis of what aesthetics does and does not render sensible, especially in the fields of religion and politics, by appealing to the body and inducing sensations. Emphasizing personal bodily sensation as the ultimate index for the presence and power of the Holy Spirit, Pentecostalism not only epitomizes the centrality of the body as a harbinger of truth and identity in our time, but its global popularity also emphasizes the necessity for scholars (and practitioners) in the fields of religion and politics to come to terms with the body, sensations, and experience. Weber’s observation that universal outreach and the reappraisal of art and aesthetics go together – even though he saw this as fallback into “magical religiosity” – should therefore be taken seriously: global Christianity requires attention to aesthetics, understood in the broad sense.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.relation.ispartofDebates do NER. Porto Alegre, RS. Vol. 19, n. 34 (ago./dez. 2018), p. [13]-45pt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectReligiãopt_BR
dc.subjectPentecostalismopt_BR
dc.subjectCristianismopt_BR
dc.subjectAntropologia socialpt_BR
dc.subjectEstéticapt_BR
dc.titleA estética da persuasão : as formas sensoriais do cristianismo global e do pentecostalismopt_BR
dc.typeArtigo de periódicopt_BR
dc.identifier.nrb001087664pt_BR
dc.type.originNacionalpt_BR


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