Hospitalizações por câncer de colo de útero na rede pública no estado do Rio Grande do Sul, 2014-2016
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Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Assunto
Resumo
Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e ocupa a sexta posição na região Sul do Brasil. As ações para o diagnóstico precoce e tratamento de lesões precursoras permitem a cura em praticamente 100% dos casos. Dessa forma, internações e até óbitos poderiam ser evitados. Objetivo: Dimensionar as hospitalizações na rede pública por câncer de colo de útero de residentes no estado do Rio Grande do Sul, no ...
Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e ocupa a sexta posição na região Sul do Brasil. As ações para o diagnóstico precoce e tratamento de lesões precursoras permitem a cura em praticamente 100% dos casos. Dessa forma, internações e até óbitos poderiam ser evitados. Objetivo: Dimensionar as hospitalizações na rede pública por câncer de colo de útero de residentes no estado do Rio Grande do Sul, no período de 2014 a 2016. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de base populacional, observacional e transversal. Análise das hospitalizações com diagnóstico principal CID-10 C53 a partir do Sistema de Informações Hospitalares (SIH)/Sistema Único de Saúde (SUS), disponíveis publicamente. As fontes de dados foram os arquivos do tipo reduzido “RD”. O SIH/SUS controla os pagamentos dos serviços prestados por hospitais da rede do SUS. Os dados originaram-se do formulário padronizado de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Foram calculados indicadores por faixas etárias, permanência, letalidade e gastos por internação por região de saúde. Resultados: Foram identificadas 4.169 hospitalizações (1.389,7/ano; 2,4/10 mil hab./ano). A faixaetária de 50-54 anos se destacou com o maior percentual (13,9%) e coeficiente populacional (4,9/10 mil hab./ano). Ocorreram 402 óbitos (9,2%). Em 99 (2,4%) internações houve uso de UTI com 32 (32,3%) óbitos. O gasto médio anual total foi de R$ 2,297 milhões, com valor médio por internação de R$ 1.653,11 e média de permanência de 7,1 dias. A Região de Saúde da Capital/Vale Gravataí respondeu pela maior quantidade de hospitalizações com 1.051 (25,2%; 2,9/10 mil hab./ano), embora a Região dos Campos da Serra (2,4%) tenha apresentado o maior coeficiente (6,7/10 mil hab./ano). Conclusões: Se houvesse efetivo diagnóstico precoce, não apenas quase 1.400 internações/ano poderiam ser evitadas, mas também 134 óbitos/ano no estado. Além disso, um recurso caro como UTI e cerca de R$ 2,3 milhões/ano poderiam ser utilizados para atender outras necessidades. Há também expressivas diferenças entre as regiões de saúde do estado. ...
Abstract
Introduction: Cervical cancer is the third most frequent tumor in the female population, behind breast and colorectal cancer, and occupies the sixth position in the southern region of Brazil. The actions for the early diagnosis and treatment of precursor lesions allow healing in almost 100% of the cases. In this way, hospitalizations and even deaths could be avoided. Objective: To size the hospitalizations in the public network for cervical cancer of residents of the State of Rio Grande do Sul, ...
Introduction: Cervical cancer is the third most frequent tumor in the female population, behind breast and colorectal cancer, and occupies the sixth position in the southern region of Brazil. The actions for the early diagnosis and treatment of precursor lesions allow healing in almost 100% of the cases. In this way, hospitalizations and even deaths could be avoided. Objective: To size the hospitalizations in the public network for cervical cancer of residents of the State of Rio Grande do Sul, from 2014 to 2016. Methods: Analysis of hospitalizations with main diagnosis ICD-10 C53 from the Hospital Information System (SIH) / Unified Health System (SUS), publicly available. The data sources were the reduced-type "RD" files. The SIH / SUS controls payments for services rendered by SUS network hospitals. The data originated from the standard Form of Hospital Inpatient Authorization (AIH). Indicators by age groups, permanence, lethality and hospitalization expenses by health region were calculated. Results: A total of 4,169 hospitalizations (1,389.7 / year, 2.4 / 10 thousand inhabitants / year) were identified. The age group of 50-54 years stood out with the highest percentage (13.9%) and population coefficient (4.9 / 10 thousand inhabitants / year). There were 402 deaths (9.2%). In 99 (2.4%) hospitalizations there were use of ICUs with 32 (32.3%) deaths. The total annual average expense was R $ 2,297 million, with an average value for hospitalization of R $ 1,653.11 and an average length of stay of 7.1 days. The Health Region of the Capital / Gravataí Valley accounted for the highest number of hospitalizations with 1,051 (25.2%, 2.9 / 10 thousand inhabitants / year), although the Campos da Serra Region (2.4%) presented the highest coefficient (6.7 / 10 thousand inhabitants / year). Conclusions: If there was an effective early diagnosis, not only could almost 1,400 hospitalizations/year be avoided, but also 134 deaths / year in the state. In addition, an expensive resource such as ICU and about R $ 2.3 million / year could be used to meet other needs. There are also significant differences between the health regions of the state. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
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Ciências da Saúde (1508)
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