A relação entre pediatras e mães usuárias do SUS e do convênio

Abstract

O objetivo do presente trabalho consiste em analisar a relação médicopaciente a partir do vínculo que se estabelece nos diferentes sistemas de atendimento à saúde analisados nesta pesquisa: público (SUS: ambulatórios de hospitais públicos e postos de saúde) e privado (convênio de saúde: hospital privado (ambulatório) e consultório individual privado). De início, contextualiza-se o debate sobre os modelos de atuação e práticas médicas e a relação médico-paciente - numa revisão de literatura e discussão de alguns conceitos fundamentais para a análise. Em seguida, apresenta-se o marco teórico conceitual do trabalho que é a questão da distância social na relação médico-paciente. Logo depois, apresenta-se uma discussão sobre algumas questões do SUS e do convênio. Por fim, dedicou-se um espaço à análise das entrevistas com médicos e pacientes, por onde se viu que o próprio sistema de atendimento à saúde contribui na relação entre tais agentes, bem como a distância social, que, em cada sistema, interfere de maneira diferente na relação médico-paciente.

The present work aims to analyze the doctor-patient relationship from the link established between different health care systems analyzed in this research: public (SUS: public hospital ambulatories and health care stations) and private (health insurance plans: private hospital (ambulatory) and private individual doctor's office). From the beginning, the discussion about the performance models and medical practices, as well as the doctor-patient relationship are set up to its context - in a literature review and the discussion about some fundamental concepts for analysis. In following, the theoretical-conceptual basis of this work is presented, that is the question about the social distance in the doctorpatient relationship. Soon after, a discussion about some questions relative to the SUS and the health insurance plan is also presented. Finally, there is the focus on the analysis of the interviews with doctors and patients, where it has been evidenced that the health care system itself contributes to the relationship between such agents, as well as to the social distance which, in every system, interferes differently in the doctor-patient relationship.