Fraqueza muscular medida pela força do aperto de mão como fator prognóstico em uma coorte de pacientes com insuficiência cardíaca
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Data
2015Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Introdução: Em indivíduos com insuficiência cardíaca (IC) o estado nutricional tem apresentado associação com o prognóstico, sendo a aferição da composição corporal a maneira mais precisa de avaliá-lo. A força do aperto de mão (FAM) é um método de aferição da força muscular associada com a massa muscular, podendo ser utilizada para avaliar o estado nutricional. Em diversas populações a fraqueza muscular classificada pela FAM foi associada com piores prognósticos, entretanto, na população com IC ...
Introdução: Em indivíduos com insuficiência cardíaca (IC) o estado nutricional tem apresentado associação com o prognóstico, sendo a aferição da composição corporal a maneira mais precisa de avaliá-lo. A força do aperto de mão (FAM) é um método de aferição da força muscular associada com a massa muscular, podendo ser utilizada para avaliar o estado nutricional. Em diversas populações a fraqueza muscular classificada pela FAM foi associada com piores prognósticos, entretanto, na população com IC essa relação ainda é pouco explorada. Objetivo: Avaliar a FAM a partir da dinamometria em pacientes ambulatoriais com IC e determinar a sua associação com prognóstico. Métodos: Estudo de coorte. Foram incluídos 400 pacientes com diagnóstico de IC com classe funcional I a IV da New York Heart Association (NYHA) provenientes do ambulatório de IC e Transplante do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos e sem sinais clínicos de congestão. Foram aferidas medidas antropométricas de peso, estatura, circunferência muscular do braço, FAM, ângulo de fase (AF) e massa magra. Resultados: A amostra foi predominantemente do sexo masculino (63%), com média de idade de 60 ±13 anos, classe funcional I-II (77,5%) e 35% foi classificada com sobrepeso pelo IMC. Pela análise da correlação de Spearman a FAM foi positivamente correlacionada com a circunferência muscular do braço (CMB) (rs = 0,49; p<0,001), índice de massa corporal (rs = 0,2; p<0,001) massa magra (MM) (rs = 0,63; p<0,001) e AF (rs = 0,33; p<0,001) e inversamente correlacionada com a idade (rs = -0,24; p <0,001) Em um modelo de regressão linear múltipla, FAM foi independentemente associada com idade (p<0,001), sexo (p<0,001), classe funcional (p<0,001), CMB (p = 0,006) e MM (p = 0,03). Este modelo explicou 56% da variação da FAM (p<0,001). Os valores médios de FAM entre os vivos foi de 25,3 ± 10,5kgf e entre os que foram a óbito 22,7 ± 8,9kgf, demonstrando uma diferença significativa (p<0,05). Como ponto de corte para fraqueza muscular foi utilizado o percentil 10 de acordo com sexo e idade de uma população de referência. Entre os indivíduos que foram a óbito 46% tinham fraqueza muscular pela mão direita e 40% pela mão esquerda, enquanto os vivos apresentavam fraqueza muscular em 40% pela mão direita e 37% pela mão esquerda. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre o grupo com e o sem fraqueza muscular em relação à óbito por todas as causas pela mão direita (p= 0,181) e pela mão esquerda (p = 0,361), assim como por causas cardiovasculares pela mão direita (p=0,634) e esquerda (p= 0,879). Conclusão: Em comparação com uma população saudável de referência, mais de um terço dos pacientes com IC apresentavam fraqueza muscular, porém não houve relação entre presença de fraqueza muscular e pior prognóstico nestes pacientes. Sendo importante definir valores de ponto de corte da FAM na população com IC para que possam ser realizadas classificações específicas. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
Coleções
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TCC Nutrição (579)
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