Os anfíbios do Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brasil
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Data
2017Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Levantamentos são essenciais para a obtenção de dados de diversidade e distribuição de espécies sendo muito importantes para se estabelecer ferramentas para a elaboração de planos de manejo e conservação. Embora exista uma lista de espécies de anfíbios do Parque Estadual de Itapuã (PEI) disponível em seu Plano de Manejo ela está desatualizada e muitos dos táxons existentes não têm suas identidades confirmadas por material testemunho. Os objetivos desse trabalho são fornecer uma lista atualizada ...
Levantamentos são essenciais para a obtenção de dados de diversidade e distribuição de espécies sendo muito importantes para se estabelecer ferramentas para a elaboração de planos de manejo e conservação. Embora exista uma lista de espécies de anfíbios do Parque Estadual de Itapuã (PEI) disponível em seu Plano de Manejo ela está desatualizada e muitos dos táxons existentes não têm suas identidades confirmadas por material testemunho. Os objetivos desse trabalho são fornecer uma lista atualizada deespécies de anfíbios presentes no PEI e comparar a composição de espécies encontradas neste trabalho com a de outros inventários já realizados no Rio Grande do Sul (RS). Nossa hipótese é que a composição de espécies de anfíbios do PEI esteja associada à composição de espécie das áreas do bioma Pampa sob influência costeira. Foram realizadas sete campanhas entre novembro de 2014 a julho de 2015 e uma campanha em 22 março de 2017. A suficiência amostral foi avaliada através de uma curva do coletor. . Para comparar composição e riqueza de anuros do PEI com as de outras áreas do RS foram reunidos inventários de espécies, disponíveis na literatura e em dados ainda não publicados, de 12 localidades: três levantamentos no bioma Mata Atlântica associado à Floresta Ombrófila Densa (FOD); cinco no bioma Pampa em zona costeira (ZC) equatro no bioma Pampa não costeiro (PA). Uma análise de coordenadas principais (PCoA) foi realizada e para testar a hipótese de agrupamento das áreas conforme a composição de anfíbios, foi utilizada análise de variância multivariada (MANOVA) via testes de aleatorização utilizando-se o programa Multiv v 3.31b, considerando p < 0,05. Foi utilizado o índice de Jaccard e 10000 randomizações. Foram registradas 28 espécies no PEI, distribuídas em cinco famílias: Hylidae (11 spp.), Leptodactylidae (10 spp.), Bufonidae (4 spp.), Odontophrynidae (2 spp.) e Microhylidae (1 sp.). A curva de suficiência amostral não apresentou estabilidade indicando que mais espécies podem ser encontradas no PEI. Pela MANOVA, foram encontradas diferenças significativas entre todos os pares de grupos evidenciados na PCoA, sendo que o PEI está inserido no grupo PA refutando a hipótese de que a composição de espécies do Parque está associada com áreas do bioma Pampa sob influência costeira. Essa associação pode ser explicada pelo compartilhamento de espécies de áreas abertas e tolerantes encontradas no PEI e somente uma típica de ambiente costeiro. Mesmo assim, o PEI é uma importante área para garantia da proteção dessas e de outras espécies como Melanophryniscus sp.2. aff. pachyrhynus, até então endêmica e com poucos registros para o RS, bem como da considerável riqueza de anfíbios que o Parque potencialmente abriga. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1353)
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