O enfrentamento ao fenômeno discriminatório sob a ótica dos servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Abstract

A discriminação é entendida como fator causador de prejuízos e iniquidades em saúde. Ela pode ocasionar sofrimento psicológico, adoção de comportamentos negativos, como o consumo de álcool e tabaco, estresse, ansiedade, além das alterações nos sistemas fisiológicos do organismo. O objetivo desta pesquisa foi explorar o fenômeno discriminatório e formas de enfrentamentos aos fenômenos por servidores, vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tratase de um estudo qualitativo analítico, que buscou gerar informações por meio da realização de entrevistas individuais semiestruturadas, as quais foram interpretadas pela perspectiva teórica da fenomenologia. O material textual produzido foi interpretado seguindo o método de análise de conteúdo de Bardin. Os principais resultados revelam um modelo de enfrentamento à discriminação, onde as categorias inter-relacionam-se. Neste modelo a categoria cultura ocupa um papel central, interligando-se com as cotas, educação formal, legislação e políticas públicas, mídias e educação informal, como principais estratégias de enfrentamento à discriminação.