Harmonia vocálica de altura no português brasileiro em formas nominais não derivadas : análise de um processo variável pela Teoria da Otimidade
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2017Type
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Abstract in Portuguese (Brasil)
O artigo tem o objetivo de proceder à análise fonológica de um processo variável pela OT (Optimality Theory, Teoria da Otimidade, de Prince e Smolensky 1993/2004) de forma probabilística, em ranking contínuo de restrições (Anttila 2002, Boersma e Hayes 2001). A análise busca expressar regularidades quantitativas do padrão de variação reveladas pelo exame de um conjunto de dados. Para tanto, usa um algoritmo, o ORTO - Ajuste paramétrico (Dornelles Filho 2014), no modelamento da gramática. O proc ...
O artigo tem o objetivo de proceder à análise fonológica de um processo variável pela OT (Optimality Theory, Teoria da Otimidade, de Prince e Smolensky 1993/2004) de forma probabilística, em ranking contínuo de restrições (Anttila 2002, Boersma e Hayes 2001). A análise busca expressar regularidades quantitativas do padrão de variação reveladas pelo exame de um conjunto de dados. Para tanto, usa um algoritmo, o ORTO - Ajuste paramétrico (Dornelles Filho 2014), no modelamento da gramática. O processo variável em questão é a harmonia vocálica de altura no português brasileiro em formas nominais não derivadas (menino~minino, coruja~curuja, bonito~bunito, seguro~siguro). Os dados, extraídos da amostra de Fernandes (2014), obedecem em sua totalidade à condição de adjacência estrita (Bohn 2014), com vogal-alvo contígua à vogal-gatilho. A análise revela que proporções distintas de aplicação da regra devem-se à tonicidade do gatilho e à heterorganicidade da sequência vocálica em questão. Restrições de marcação desmembradas de AGREE, sensíveis a contexto, interagem com restrições de fidelidade preservadoras de altura. Em dominância não estrita, as restrições que pedem concordância de altura em sequências heterorgânicas de alvo e gatilho tônico /e/-/u/ e /o/-/i/superam as demais no ranking, expressando a maior probabilidade de a harmonia vocálica de altura ocorrer nesses contextos. Opostamente, a probabilidade de a harmonia se aplicar a contextos com vogal-gatilho átona é pouca ou nenhuma. ...
Abstract
The paper approaches a variable phonological process in the OT framework (Optimality Theory, by Prince and Smolensky 1993/2004) in a probabilistic way, with continuous constraint rankings (Anttila 2002, Boersma and Hayes 2001). The analysis aims at expressing quantitative regularities found in the data examined. The algorithm ORTO (Ordenação de Restrições na Teoria da Otimidade, „Constraint Ranking in Optimality Theory, by Dornelles Filho 2014) is used to model the grammar. All of the data, ext ...
The paper approaches a variable phonological process in the OT framework (Optimality Theory, by Prince and Smolensky 1993/2004) in a probabilistic way, with continuous constraint rankings (Anttila 2002, Boersma and Hayes 2001). The analysis aims at expressing quantitative regularities found in the data examined. The algorithm ORTO (Ordenação de Restrições na Teoria da Otimidade, „Constraint Ranking in Optimality Theory, by Dornelles Filho 2014) is used to model the grammar. All of the data, extracted from the sample of Fernandes (2014), satisfy the strict adjacency condition (Bohn 2014) regarding the position of the target-vowel and the triggering-vowel. The analysis shows that different proportions of rule application are due to the stressed or unstressed character of the trigger and to the heterogeneity of target and triggering vowels. Context-sensitive markedness constraints from the AGREE family interact with faithfulness constraints preserving height. In non-strict dominance relation, the constraints that demand vowel height agreement in heterorganic sequences of target-vowel and stressed triggering-vowel /e/-/u/ and /o/-/i/ dominate the other ones in the continuous ranking, representing the high probability of vowel height harmony in those contexts. In opposition, the probability of vowel height harmony triggered by an unstressed vowel is low or eventually null. ...
In
Revista virtual de estudos da linguagem - ReVEL. Novo Hamburgo, RS. Vol. 15, n. 28 (mar. 2017), p. 314-337
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