Estilo de vida sedentário e sua associação com fatores de risco cardiovasculares em adolescentes brasileiros : resultados do ERICA
dc.contributor.advisor | Schaan, Beatriz D'Agord | pt_BR |
dc.contributor.author | Cureau, Felipe Vogt | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2017-05-10T02:23:19Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2017 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/157633 | pt_BR |
dc.description.abstract | A presença de fatores de risco comportamentais relacionados ao estilo de vida, tais como inatividade física, comportamento sedentário, alimentação não saudável, consumo excessivo de álcool e tabagismo durante a adolescência pode estar associada a um pior perfil cardiometabólico em curto prazo e ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares na idade adulta. Na adolescência, a inatividade física pode ser destacada, uma vez que apresenta prevalência elevada, a qual tende a aumentar com a idade, e também é associada a um grande número de morbidades. O Estudo Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) é um estudo multicêntrico de base escolar, de delineamento transversal e abrangência nacional. Sua amostra foi composta por estudantes (12-17 anos) de escolas públicas e privadas, localizadas em zona urbana ou rural de municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes. A coleta de dados foi realizada entre 2013 e 2014 e envolveu a aplicação de questionários, avaliação antropométrica, medidas de pressão arterial e exames bioquímicos. A prevalência de inatividade física no lazer entre os participantes do ERICA, definida por um volume semanal acumulado menor que 300 minutos, foi de 54,3%. A prevalência de inatividade física foi superior no sexo feminino, adolescentes de 16-17 anos e que pertenciam às classes econômicas mais baixas. Além disso, 26,5% dos adolescentes referiram não praticar nenhuma atividade física no tempo de lazer. Outros resultados obtidos a partir de dados do ERICA mostram que um maior volume de prática de atividades físicas está associado a um melhor perfil cardiometabólico, enquanto passar longos períodos em frente a telas parece ser um fator de risco. Todavia, análises estratificadas permitiram observar que o excesso de peso pode modificar a associação entre tempo de tela e risco cardiometabólico, estando essa relação presente apenas entre adolescentes com sobrepeso ou obesidade. Adolescentes que praticavam atividade física e limitavam o tempo de tela em até duas horas diárias apresentaram um melhor perfil cardiometabólico quando comparados àqueles com um estilo de vida mais sedentário. Por fim, foi possível observar que 70% dos adolescentes brasileiros apresentaram pelo menos dois dos seguintes fatores de risco simultaneamente: inatividade física, tempo de tela excessivo, consumo reduzido de fibras, consumo excessivo de álcool e tabagismo. A presença de um maior número desses fatores de risco entre os adolescentes esteve associada com excesso de peso e obesidade abdominal em uma relação de dose-resposta. Combinações entre fatores de risco que representam um estilo de vida sedentário e uma alimentação não saudável apresentaram prevalência elevada e associaram-se a aos marcadores de adiposidade estudados. Os resultados compilados nessa tese indicam que a prevalência de inatividade física no lazer em adolescentes brasileiros é elevada e muitos adolescentes relataram não praticar nenhuma atividade física. Além disso, a prevalência simultânea de múltiplos comportamentos de risco relacionados ao estilo de vida está presente em 70% dos adolescentes. Por outro lado, a prática de atividade física associou-se a redução no risco cardiometabólico, independentemente da adiposidade; esta relação é potencializada em adolescentes que praticam atividade física e limitam o tempo sedentário, enquanto que estilo de vida sedentário somado a uma dieta pobre em fibras está associado com excesso de peso. Esses resultados sugerem que intervenções visando modificar o estilo de vida de adolescentes brasileiros são necessárias, com ênfase em estratégias visando à promoção de um estilo de vida mais ativo e alimentação saudável. | pt_BR |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Adolescente | pt_BR |
dc.subject | Prevalência | pt_BR |
dc.subject | Atividade motora | pt_BR |
dc.subject | Estilo de vida sedentário | pt_BR |
dc.subject | Dieta | pt_BR |
dc.title | Estilo de vida sedentário e sua associação com fatores de risco cardiovasculares em adolescentes brasileiros : resultados do ERICA | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001016969 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Faculdade de Medicina | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2017 | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
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