A relação de Werner Herzog com a imagem: uma análise do filme A Caverna dos Sonhos Esquecidos

Abstract

Esta monografia tem como objetivo estudar a relação de Werner Herzog com a imagem a partir da análise do documentário A Caverna dos Sonhos Esquecidos (2010), onde o cineasta alemão demonstra uma conexão singular com as pinturas rupestres. Dessa forma, o trabalho foi divido em três momentos: no primeiro, com apoio de Nagib (1991) e Cronin (2002), apresentamos a trajetória de Herzog, levantando questões sobre sua vida, suas concepções artísticas, seus principais filmes e o contexto do Cinema Novo Alemão, no qual se insere. No segundo momento abordamos sua faceta de documentarista e introduzimos pontos importantes para se pensar sua arte, como seu olhar para as paisagens e sua constante busca por imagens frescas. Por fim, na terceira parte produzimos uma análise de A Caverna dos Sonhos Esquecidos, observando como aparecem no documentário aspectos anteriormente discutidos sobre a obra de Herzog e como o cineasta vê as imagens rupestres como uma forma de produzir um encontro entre presente e passado; para isso utilizamos Machado (1997), Ames (2009 e 2012) e Wachtel (1993).

This monography has as objective to study the relationship between Werner Herzog and the image based on the analysis of the documentary Cave of Forgotten Dreams (2010), in which the german filmmaker shows a singular connection with the rock paintings. Thus, the paper was divided in three sections: in the first, having Nagib (1991) and Cronin (2002) as a starting point, we introduce Herzog's trajectory, bringing in questions about his life, his artistic conceptions, his main movies and the context of the New German Cinema. In the second moment, we approach his documentarist side and introduce relevant points to understand his art, like the way he shoots landscapes and his persistent search for fresh images. At last, in the third part we produce the analysis of Cave of Forgotten Dreams, noticing how the previously discussed aspects of Herzog's work are shown in this documentary, and also the way how the filmmaker sees the rock paintings as a way to make the present meet the past; in that way, we use the works of Machado (1997), Ames (2009 and 2012) and Wachtel (1993).