Práticas em música e empoderamento feminino : a oficina interdisciplinar de História e Música como fonte para a pesquisa histórica
Fecha
2016Tutor
Nivel académico
Grado
Tipo
Resumo
Segundo a autora indiana Gayatri C. Spivak1, em sua obra Pode o Subalterno Falar?, a pessoa subalterna é silenciada constantemente em seu direito vital de expressão. Múltiplos processos se cruzam sobre a situação agravada das mulheres subalternas, que permanecem alijadas dos espaços de voz construídos socialmente. Por meio de uma oficina interdisciplinar de História e Música a respeito da presença das mulheres no meio artístico musical a questão é levada até a E.M.E.F. Porto Alegre, que atende ...
Segundo a autora indiana Gayatri C. Spivak1, em sua obra Pode o Subalterno Falar?, a pessoa subalterna é silenciada constantemente em seu direito vital de expressão. Múltiplos processos se cruzam sobre a situação agravada das mulheres subalternas, que permanecem alijadas dos espaços de voz construídos socialmente. Por meio de uma oficina interdisciplinar de História e Música a respeito da presença das mulheres no meio artístico musical a questão é levada até a E.M.E.F. Porto Alegre, que atende pessoas em situação de rua. Entre os objetivos desta Pesquisa-ação estão a produção de conhecimento histórico sobre a presença de mulheres subalternas na música popular brasileira e a consolidação de um espaço de expressão musical feminina e produção de fontes para a pesquisa histórica sobre o tema em uma escola pública. Esta pesquisa se debruça sobre os frutos da oficina para refletir, desde a perspectiva histórica, sobre o acesso da mulher subalterna à música enquanto espaço de expressão e voz. Com isso, foi possível explicar, a partir das reflexões de Gayatri C. Spivak (2010), quem não acredita que a pessoa subalterna possa realmente falar, quais mecanismos possibilitam que algumas mulheres subalternas galguem espaços de voz através da expressão musical Além disso, foi possível verificar a incidência do uso dos discursos feministas, presentes em canções e na trajetória de vida de algumas artistas, e da musicalização mesma, para o ensino de história, no contexto estabelecido. São referências neste trabalho, além de Gayatri C. Spivak (2010), Françoise Collin (2009) e Joan Scott (2012) para reflexões a respeito de gênero, enquanto campo de disputas; Guy Debord (2010) para tecer relações entre o espetáculo e os espaços de voz contruídos histórica e socialmente; e Jim Sharpe (1992), para pensar o campo da história das pessoas comuns como alternativa à história construída do ponto de vista das elites. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de História: Licenciatura.
Colecciones
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Tesinas de Curso de Grado (37361)Tesinas Historia (789)
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