Explorando jardins comestíveis via plantas alimentícias não convencionais com mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Assentamento Filhos de Sepé
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Data
2015Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Tendo em vista o potencial de espécies de plantas alimentícias não convencionais - PANC, este trabalho buscou registrar uma experiência de docência e pesquisa ação com um grupo de mulheres do Assentamento Filhos de Sepé do MST, envolvendo a ocorrência de PANC em alguns jardins deste assentamento, a identificação, caracterização, manejo e usos destas espécies na culinária. Através de oficinas pedagógicas procurou-se explorar a importância das PANC e suas utilizações, na ótica da segurança alimen ...
Tendo em vista o potencial de espécies de plantas alimentícias não convencionais - PANC, este trabalho buscou registrar uma experiência de docência e pesquisa ação com um grupo de mulheres do Assentamento Filhos de Sepé do MST, envolvendo a ocorrência de PANC em alguns jardins deste assentamento, a identificação, caracterização, manejo e usos destas espécies na culinária. Através de oficinas pedagógicas procurou-se explorar a importância das PANC e suas utilizações, na ótica da segurança alimentar e nutricional, visando a autonomia do sujeito e utilizando o jardim como ambiente de ensino-aprendizagem. Uma pesquisa ação expedita sobre as PANC ocorrentes e o conhecimento das mulheres sobre as mesmas foi desenvolvida. Foram elencadas15 espécies de PANC, proporcionando 16 partes comestíveis, sendo que 6 (37,5%) foram conhecidas como potenciais plantas alimentícias, mas não faziam parte dos seus cardápios. As oficinas pedagógicas proporcionaram ação criadora, coletiva e crítico-reflexiva, através de um jeito novo do fazer educativo, onde este aconteceu num espaço de ação, reflexão e ação, aproximando o cotidiano de um grupo de mulheres assentadas do MST à academia. Essa prática permitiu incentivar a ação de futuros multiplicadores ambientais, enquanto sujeitos críticos e ativos na busca de conhecimento, valorização da biodiversidade local e utilização dos recursos vegetais como alimentos. O empenho em dar a conhecer e resgatar o saber fazer, através da execução de receitas de alimentos, preparados coletivamente, em ambiente favorável à desmistificação de preconceitos e receios de comer “matos”, “inços” e outras percepções pejorativas sobre a utilização das PANC, foi bem sucedido. Com este trabalho as famílias das mulheres participantes poderão ter a sua alimentação diária enriquecida, sem custos. O fortalecimento de seus saberes sobre o reconhecimento de espécies de alto valor alimentício, bem como seus sítios de ocorrência e o modo de preparar os alimentos, o alto grau de satisfação e aceitação das PANC qualificam estas mulheres como protagonistas em ações de segurança alimentar e nutricional. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Licenciatura.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1353)
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