Da representação da imagem à imagem como representação em O pintor de retratos e Satolep
Fecha
2016Autor
Tutor
Nivel académico
Doctorado
Tipo
Materia
Resumo
O presente estudo investiga, nos romances O Pintor de Retratos, de Luiz Antonio de Assis Brasil (Brasil, 2002) e Satolep, de Vitor Ramil (Ramil 2008), a relação entre o gênero romanesco e a Fotografia. Ambos os textos têm como um de seus temas a imagem fotográfica, mas a abordam de maneira distinta: Assis Brasil, de maneira mais tradicional, verbalmente descreve as imagens, enquanto Ramil introduz materialmente fotografias na estrutura de sua obra. Neste sentido, objetivamos descobrir em que me ...
O presente estudo investiga, nos romances O Pintor de Retratos, de Luiz Antonio de Assis Brasil (Brasil, 2002) e Satolep, de Vitor Ramil (Ramil 2008), a relação entre o gênero romanesco e a Fotografia. Ambos os textos têm como um de seus temas a imagem fotográfica, mas a abordam de maneira distinta: Assis Brasil, de maneira mais tradicional, verbalmente descreve as imagens, enquanto Ramil introduz materialmente fotografias na estrutura de sua obra. Neste sentido, objetivamos descobrir em que medida há um entrecruzamento de linguagens, de categorias epistêmicas, que interfira na estrutura profunda do gênero romanesco. Para buscar respostas aos questionamentos que guiaram esta pesquisa, recorremos ao amparo teórico provindo da teoria do romance, teoria da fotografia, além de investigarmos o processo criativo dos autores. Ademais, para homogeneizar elementos teóricos tão heterogêneos, buscamos amparo na interdisciplinaridade (além de estudos interartes, intermídias, etc.). Verificamos que efetivamente a introdução de elementos fotográficos, em ambos os textos, produziram alterações em categorias fundamentais da estrutura do romance. Sofreram alterações elementos como a trajetória do protagonista, função do narratário, construção da memória e do passado, a maneira de inserção dos intertextos, o próprio trabalho do escritor (que passara a trabalhar com, pelo menos, duas matérias primas), etc. Deste modo, confirmaram-se as hipóteses iniciais, a forma romanesca, sempre permeável à relação com outros gêneros e outras séries, recebeu aqui não apenas um elemento acessório em sua composição, mas um adendo que alterou seu lastro estrutural, mas sem que ele deixasse, ainda sim, de preservar sua primordial condição de gênero romanesco. ...
Resumen
El presente trabajo investiga, en las novelas O Pintor de Retratos de Luiz Antonio de Assis Brasil (Brasil, 2002) y Satolep, de Vitor Ramil (Ramil 2008), la relación entre el género novelístico y la fotografía. Los dos textos tienen en común la temática de la imagen fotográfica, pero la tratan de distintos modos: Assis Brasil, de una manera más tradicional, verbalmente describe las imágenes, mientras Ramil introduce materialmente fotografías en la estructura de su obra. En este sentido, buscamo ...
El presente trabajo investiga, en las novelas O Pintor de Retratos de Luiz Antonio de Assis Brasil (Brasil, 2002) y Satolep, de Vitor Ramil (Ramil 2008), la relación entre el género novelístico y la fotografía. Los dos textos tienen en común la temática de la imagen fotográfica, pero la tratan de distintos modos: Assis Brasil, de una manera más tradicional, verbalmente describe las imágenes, mientras Ramil introduce materialmente fotografías en la estructura de su obra. En este sentido, buscamos descubrir de qué manera ocurre el entrecruzamiento de lenguajes, que interfiera en la estructura profunda del género novelístico. Para contestar los cuestionamientos que guiaron esta pesquisa, buscamos amparo teórico en la teoría de la novela, teoría de la fotografía, además de estudiar el proceso creativo de los escritores. Al mismo tiempo, para homogenizar elementos teóricos tan distintos, usamos proposiciones de la interdisciplinaridad (además de los estudios interartísticos, intermídias, etc.). Descubrimos que, en realidad, la introducción de elementos de la fotografía en las dos novelas generara cambios en categorías fundamentales de la novelística. Se alteraron elementos como la trayectoria del protagonista, la función del narratario, la composición del pasado y de la memoria, el modo de inserción de los intertextos, el propio trabajo del escritor (que tuvo que trabajar con, por lo menos, dos materiales), etc. Logramos confirmar nuestras hipótesis originales, la novelística, siempre abierta a la relación con otros géneros y otras series culturales, no recibió solamente un elemento accesorio, pero una suma que ha cambiado su estructura básica, pero manteniendo su condición narrativa, estos textos siguen siendo novelas. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Colecciones
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Lingüística, Letras y Artes (2877)Letras (1771)
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