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dc.contributor.advisorKuchenbecker, Ricardo de Souzapt_BR
dc.contributor.authorCauduro, Lessandra Loss Nicoláopt_BR
dc.date.accessioned2016-04-16T02:07:58Zpt_BR
dc.date.issued2011pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/139073pt_BR
dc.description.abstractContexto: O Acinetobacter spp. é um cocobacilo gram-negativo, considerado patógeno oportunista e de grande importância nas infecções hospitalares. Estão envolvidos em amplo espectro de infecções nosocomiais, incluindo bacteremia, meningite secundária e infecção do trato urinário, mas sua maior prevalência é como agente de pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs); podendo ocasionar um agravamento do quadro clínico e o óbito desses pacientes. Considera-se como um patógeno de baixa virulência, podendo permanecer sobre a pele ou dentro do corpo humano sem causar doença. A disseminação pelas mãos dos profissionais de saúde geralmente não é detectada e quando as infecções pelo Acinetobacter tornam-se aparentes o número de pacientes colonizados é, provavelmente, muito elevado. Assim sendo, as precauções para prevenir um surto tornam-se tardias. Estudos prévios indicaram como fatores de risco para aquisição de infecção por Acinetobacter a gravidade da doença dos pacientes, uso prévio de antimicrobiano, número de dias com procedimento invasivo, tempo de permanência no hospital, contaminação ambiental. Os fatores de risco associados à mortalidade de pacientes com A. baumannii ainda não foram totalmente elucidados pela literatura, mas a idade, colonização prévia por esta bactéria, neutropenia, escore de gravidade APACHE II (Acute Physiology and Chronic Health Evaluation) elevado, procedimentos como ventilação mecânica, terapia antimicrobiana inapropriada são apontados como alguns dos fatores relacionados. Objetivos: Caracterizar a mortalidade atribuível a infecções causadas por Acinetobacter baumannii resistente à carbapenêmicos (CRAB) em um surto no 13 Centro de Terapia Intensiva adulto de um hospital universitário. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo pareado como parte da investigação do surto de pacientes no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) Adulto infectados com a bactéria Acinetobacter baumannii apresentando resistência à carbapenêmicos. Os pacientes foram selecionados entre 01/01/2007 a 31/07/2008 e foram considerados como casos os pacientes com cultura positiva para CRAB. Os controles foram pacientes internados no CTI no mesmo período que os casos, mas que não apresentaram infecção na qual foi isolada a presença da bactéria em questão. Os fatores avaliados como possível associação com o risco de mortalidade foram avaliados. Determinou-se a mortalidade atribuível a infecções causadas por CRAB e através da curva de sobrevivência avaliou-se essa distribuição entre casos e controles. Resultados: Foram selecionados 90 pacientes como casos e 179 pacientes pareados como controles. A média de idade, as proporções de pacientes com Escore de Chalson ³ 2, de pacientes internados não eletivamente, as reinternações e a freqüência de realização de cirurgias foram muito semelhantes entre os grupos estudados. Entre os casos, houve maior proporção de pacientes transferidos de outro hospital (P<0,001), internados em área contígua à presença de casos de colonização ou infecção por CRAB (P<0,001), de pacientes submetidos a alimentação parenteral (P<0,001); ventilação mecânica (P<0,001), cateteres urinários (P=0,031), cateteres para acesso vascular central (P=0,006) e cateteres para hemodiálise (P<0,001) comparativamente aos controles. Da mesma maneira, casos apresentaram maior freqüência de exposição prévia a antimicrobianos, comparativamente aos controles: penicilinas (P<0,001), cefalosporinas de 1ª e/ou 2ª gerações (P<0,001), carbapenêmicos (P<0,001), aminoglicosídeos (P=0,046), quinolonas (P=0,004) e 14 glicopeptídeos (P=0,001). Os casos apresentaram tempo médio de internação superior aos controles, incluindo duração total da internação (P=0,002), permanência na CTI (P<0,001) e permanência na CTI antes da infecção por CRAB (P=0,03). O escore de APACHE II por ocasião da admissão no CTI também teve média significativamente maior entre os casos comparativamente aos controles (P<0,001). Houve diferença na taxa de mortalidade bruta intra-hospitalar entre casos e controles, respectivamente, 58,9% (53/90) e 36,9% (66/179) (P=0,001). A mortalidade atribuível foi 22% (IC 95%; 8,8%-35,2%) e as curvas de sobrevivência cumulativa para casos e controles não apresentaram diferença significativa entre os grupos (P=0,207; log rank test) A análise multivariável indica que pacientes com escore de APACHE II maiores e que mais freqüentemente foram submetidos a procedimentos invasivos como ventilação mecânica, suporte nutricional (dieta parenteral) e que permaneceram um período maior no hospital estiveram mais propensos a risco de mortalidade associada à infecção por CRAB. Conclusões: Nesse estudo os fatores associados com a mortalidade e a taxa de mortalidade atribuível identificados vão ao encontro da literatura e indica que pacientes mais graves estão mais propensos a risco de morte associada à infecção por CRAB. A literatura enfatiza também a necessidade de consistentes estratégias de controle de infecção para prevenir infecções por Acinetobacter multirresistente. A investigação da mortalidade atribuível ao A. baumannii apresenta muitas limitações e ainda não é conclusiva.pt_BR
dc.description.abstractContext: Acinetobacter spp. is a bacilli gram-negative considered an opportunistic pathogen and of great importance in nosocomial infections. They are involved in a wide spectrum of nosocomial infections, including bacteremia, secondary meningitis and urinary tract infection, but is prevalent as an agent of mechanical ventilatorassociated pneumonia in patients admitted to intensive care units (ICUs); this factor can lead to an increase morbidity and mortality of these patients. It is considered as a pathogen of low virulence and may remain on or within the human body without causing disease. The spread by the hands of clinical staff is often not detected and when Acinetobacter infections become apparent, the number of colonized patients is probably very high, therefore, precautions to prevent an outbreak are late. Previous studies have observed as risk factors for acquisition of Acinetobacter infection by the disease severity of patients, prior use of antimicrobials, number of days with invasive procedures, length of stay in hospital environmental contamination. Risk factors associated with mortality of patients with A. baumannii have not been fully elucidated in the literature, but showed that age, previous colonization by this bacterium, neutropenia, high severity score APACHE II (Acute Physiology and Chronic Health Evaluation), procedures such as mechanical ventilation, inappropriate antimicrobial therapy as some of the factors related to mortality. Objectives: To characterize attributable mortality to infections caused by Acinetobacter baumannii resistant to carbapenem (CRAB) in an outbreak in the adult intensive care unit of a university hospital. 16 Methods: We performed a matched retrospective cohort as part of outbreak investigation of patients in the ICU adult infected with the bacteria Acinetobacter baumannii exhibiting resistance to carbapenems. Patients were selected from 01/01/2007 to 31/07/2008 and the cases were considered patients with positive culture for CRAB. Controls were patients admitted to the ICU during the same period as cases, but showed no infection in which was isolated the presence of the bacterium in question. Factors evaluated as possible association with the risk of mortality were evaluated. Determined the attributable mortality to infections caused by CRAB and through the survival curve was evaluated this distribution between cases and controls. Results: 90 patients were selected as cases and 179 patients matched as controls. The average age, the proportions of patients with a Chalson score ³ 2 from inpatients not elective, the frequency of hospitalizations and surgeries were similar among studied groups. Among the cases, a greater proportion of patients transferred from another hospital (P <0.001), admitted in an area contiguous to the presence of cases of colonization or infection by CRAB (P <0.001) in patients undergoing parenteral nutrition (P <0.001) ; mechanical ventilation (P <0.001), urinary catheters (P = 0.031), central catheters for vascular access (P = 0.006) and catheters for hemodialysis (P <0.001) compared to controls. Likewise, cases had higher frequency of prior exposure to antimicrobials, compared with controls: penicillin (P <0.001), cephalosporins of 1st and / or 2nd generation (P <0.001), carbapenems (P <0.001), aminoglycosides (P = 0.046), quinolones (P = 0.004) and glycopeptides (P = 0.001). The cases presented mean length of stay higher than controls, including total duration of hospitalization (P = 0.002), stay in ICU (P <0.001) and stay in the ICU before 17 infection by CRAB (P = 0.03). The APACHE II score on admission to the ICU was also significantly higher average among cases compared with controls (P <0.001). There was a difference in the rate of in-hospital crude mortality among cases and controls, respectively, 58,9% (53/90) e 36,9% (66/179) (P = 0.001). The attributable mortality was 22% (95% CI 8.8% -35.2%) and cumulative survival curves for cases and controls showed no significant difference between groups (P = 0.207, log rank test) Multivariate analysis indicates that patients with APACHE II score higher and more frequently underwent invasive procedures such as mechanical ventilation, nutritional support (parenteral nutrition) and remained a longer period in hospital were more likely to risk of mortality associated with infection by CRAB. Conclusions: In this study the factors associated with mortality and the attributable mortality rate identified are in line with the literature and indicates that more severe patients are more prone to risk of mortality associated with infection by CRAB. The literature also emphasizes the need for consistent infection control strategies to prevent infection by multidrug resistant Acinetobacter. The investigation of attributable mortality to A. baumannii has many limitations and is not conclusive yet.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectInfecções por Acinetobacterpt_BR
dc.subjectResistant to carbapenemsen
dc.subjectAttributable mortalityen
dc.subjectAcinetobacter baumanniipt_BR
dc.subjectRisk factorsen
dc.subjectInfecção hospitalarpt_BR
dc.subjectMortalidadept_BR
dc.subjectHospital infectionen
dc.subjectCarbapenêmicospt_BR
dc.subjectFatores de riscopt_BR
dc.subjectFarmacorresistência bacterianapt_BR
dc.titleMortalidade atribuível a Acinetobacter baumannii resistente a antimicrobianos carbapenêmicos em um surto em unidade de terapia intensivapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb000777657pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2010pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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