Tanque séptico : proposta de uma melhor gestão na região metropolitana de Porto Alegre

Abstract

A utilização, principalmente na zona urbana e em pequenos municípios, dos sistemas simplificados de esgoto, constituídos de fossa séptica seguido de filtro anaeróbio, é frequente no Brasil dado a baixa porcentagem de edificações atendidas pelo serviço coletivo de coleta e tratamento de esgoto. No entanto, não existe uma gestão continua dos sistemas individuais que fiscalize sua manutenção. Além disso, não é raro encontrar sistemas inadequadamente construídos. Este cenário gera problemas de saúde pública e ambientais devido a inúmeros sistemas falhos. Com o intuito de propor melhorias a esse cenário, o presente trabalho busca primeiramente evidenciar os erros de instalação dos sistemas através de uma coletânea de fotos respectivamente analisadas e comentadas, e, posteriormente, propor soluções para reduzir as falhas causadas pela falta de manutenção e pelos erros de projeto, de instalação e de vistoria. Dentre as soluções, pode-se citar: fornecimento de informações ao público, necessidade de profissionais certificados pelo órgão gestor, vistorias mais detalhadas e o desenvolvimento de um banco de dados informatizado que mantenha um histórico com informações do projeto, da construção, e da vistoria dos sistemas individuais de esgoto, emitindo alertas nas datas previstas para manutenção. Ademais, através do banco de dados criado pelo órgão gestor, é possível recuperar informações estatísticas que apoiem futuros estudos sobre os sistemas para, então, tornarem-se mais eficientes no tratamento e sobre a própria gestão para assegurar uma meta de zero falhas.