Análise do desempenho térmico de argamassas com propriedades térmicas

Abstract

A primeira Norma Brasileira de Desempenho publicada em 2008 pegou muitas empresas desprevenidas com tantas exigências rigorosas e inéditas até então, por introduzir conceitos de desempenho às edificações de até cinco pavimentos. Porém, em 2013 a NBR 15.575 foi revisada e a restrição dos cinco pavimentos foi removida, contemplando agora todo o tipo de edificação residencial. A maioria das empresas começaram a se preocupar com os quesitos de desempenho e a procurar por novas soluções que venham a garantir o desempenho mínimo requerido pela Norma. Aproveitando que o mercado estava carecendo de novas soluções, os fornecedores de materiais e componentes da indústria da construção civil começaram a criar produtos especificamente baseados na NBR 15.575:2013. A nova Norma favorece o uso de novos materiais, por não restringir a construção a uma determinada técnica construtiva, os requisitos de desempenho devem ser cumpridos independentemente do material que será utilizado na construção. Com isso o mercado da construção civil é incentivado a pesquisar e a inovar para suprir as exigências criadas pela Norma e, para manter-se competitivos. Um desses novos produtos são as argamassas com propriedades térmicas. Esse tipo de argamassa, tem suas propriedades térmicas aprimoradas com a troca – principalmente – do agregado por outro com propriedades específicas. Por se tratar de algo novo, até então, pouca pesquisa foi feita após o advento destes produtos no mercado. Este trabalho vem a contribuir para o aprimoramento tanto das argamassas quanto para seu uso. Na sequência do trabalho é apresentada uma breve descrição sobre inovação e argamassas em geral e resumidos os requisitos para o desempenho térmico nas Normas vigentes no país. Foram escolhidas e obtidos os parâmetros de três argamassas com propriedades térmicas além da argamassa convencional. Realizou-se uma simulação computacional de uma residência, para o tempo de 1 ano, e em seu dia típico de inverno e verão, para se obter o comportamento térmico dessas argamassas. Os resultados obtidos com a simulação demonstram que a troca da argamassa comum pelas com propriedades térmicas, não elevaram o nível de desempenho térmico da residência, segundo os critérios da Norma de Desempenho.