Avaliação da rugosidade de resina ativada quimicamente manipulada por diversas técnicas

Abstract

Uma das etapas da reabilitação oral com próteses dentárias é a confecção de coroas provisórias com resina acrílica ativada quimicamente (RAAQ), utilizando-se diferentes técnicas que podem alterar, por exemplo, a rugosidade superficial da resina. Este trabalho avaliou a rugosidade superficial de RAAQs das marcas VIPI COR®, Dencrilay® e Dencor®, utilizadas para confecção de coroas provisórias em 3 diferentes técnicas de manipulação. Foram confeccionadas matrizes de silicone (20x10x3mm) que serviram para confecção dos corpos de prova. Os grupos foram delineados da seguinte forma: Grupo 1- Pincel (A:VIPI COR®, B:Dencrilay®, C:Dencor®); Grupo 2- Fabricante (A:VIPI COR®, B:Dencrilay®, C:Dencor®); Grupo 3- Panela com pressão: (A:VIPI COR®, B:Dencrilay®, C:Dencor®). As resinas foram manipuladas de acordo com a técnica de cada grupo e inseridas na matriz (n=12). Após a polimerização, foram realizadas 3 leituras longitudinais e 3 transversais da rugosidade com auxílio de um rugosímetro digital. Os valores de rugosidade foram somados e criada uma média para cada corpo de prova, os quais foram somados novamente dentro do seu grupo criando uma média e desvio padrão do grupo. Os dados foram submetidos ao teste ANOVA a duas vias e Pos-hoc de Tukey, com nível de significância de 5% (p<0,05) no programa estatístico SSPS 18 para Macintosh (SPSS Inc., Chicago, USA). Os resultados mostraram que houve diferença estatisticamente significante entre as técnicas quando comparadas numa mesma marca, sendo a técnica do fabricante a que apresentou os maiores valores de rugosidade em todos os grupos. Dentre as marcas, Decrilay® demonstrou menores valores de rugosidade quando comparada a VIPI COR® e Dencor® em qualquer tipo de técnica. Estes resultados evidenciaram a influência direta da técnica de manipulação e da marca comercial na propriedade de rugosidade superficial, demonstrando que existe a necessidade da fase de polimento para que as resinas acrílicas tenham uma rugosidade ideal, independente do tipo de técnica e marca comercial.

One step of the prosthesis-based oral rehabilitation is the confection of provisional crowns of chemically activated acrylic resin (CAAR), which are made using different techniques that can modify their properties, as for example, its surface roughness. This paper aimed to evaluate the surface roughness of CAARs used for provisory crowns confection in 3 commercial brands and 3 different manipulation techniques. Silicone matrices (20x10x3mm) were made for confection of the specimens. The groups were designed as follows: Group 1 – Bead Brush (A:VIPI COR, B:Dencrilay, C:Dencor), Group 2 – Manufacturer (A:VIPI COR, B:Dencrilay, C:Dencor), Pressurized Pot (A:VIPI COR, B:Dencrilay, C:Dencor). The resins were manipulated according to each group and inserted into the matrix (n=12). After polymerization, 3 longitudinal and 3 transversal readings were made with the aid of a digital rugosimeter. The surface roughness values were summed and the mean value was calculated for each specimen, these values were again summed inside each group, creating a mean and a standard deviation. Data was submitted to a two-wayANOVA test and a Tukey’s test (p<0.05) in the statistical software SPSS 18.0 for Mac (SPSS Inc., Chicago, USA). It was observed in the results that there was a statistically significant difference between techniques when compared in the same commercial brands, being the manufacturer’s technique the one with higher roughness values in all groups. Among commercial brands, Dencrilay showed lower roughness when compared to VIPI COR and Dencor in any kind of technique. With these results, there’s a direct influence of the manipulation technique and the commercial brand in the surface’s roughness properties, showing that polishing is needed in order to acrylic resins achieve ideal roughness, independently of the chosen technique or commercial brand.