Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorTettamanzy, Ana Lúcia Liberatopt_BR
dc.contributor.authorFlach, Alessandra Bittencourtpt_BR
dc.date.accessioned2007-11-14T05:12:20Zpt_BR
dc.date.issued2007pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/11152pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho tem como objetivo analisar a obra de Guimarães Rosa a partir do aproveitamento que o autor faz de elementos provenientes de uma cultura oral. Para tanto, são analisadas as estórias “Entremeio com o vaqueiro Mariano”, de Estas estórias, “Pé-duro, chapéu-de-couro”, de Ave, palavra, “Três homens e o boi dos três homens que inventaram um boi”, de Tutaméia, “Cara-de-Bronze” e “O recado do Morro”, de No Urubuquaquá, no Pinhém, e “Uma estória de amor”, de Manuelzão e Miguilim. A escolha dessas narrativas diz respeito ao fato de que as mesmas são ilustrativas do projeto do autor em recriar a literatura de tradição oral, mas também de recriar a situação de enunciação e de divulgação de narrativas que existem em um contexto de oralidade. Além da linguagem, que não é o foco desta pesquisa, o autor valoriza a importância da palavra proferida por seus porta-vozes e a maneira como ela é transmitida, bem como o efeito que ela causa em seus espectadores, através da performance. Para explorar uma espécie de “episteme do pensamento sertanejo”, Rosa constrói um discurso autoral que visa a reforçar seu engajamento com tudo aquilo que provém do sertão, dando credibilidade e verossimilhança ao que é ensinado através das narrativas. O autor apropria-se de um universo popular sem que o resultado disso seja uma produção “artificial” ou simplesmente descritiva, sob um ponto de vista intelectual, distanciado. Dada essa fusão entre popular e erudito e entre oral e escrito, optou-se por recorrer a teóricos preocupados em discutir tanto o comportamento das produções artísticas de caráter oral e as condições de sua produção (como Paul Zumthor, Walter Ong, Peter Burke, André Jolles, Câmara Cascudo) quanto as estratégias ficcionais utilizadas pelo autor para satisfazer seus propósitos (com base nas teorias e nos argumentos de Paul Ricouer, Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Wolfgang Iser, entre outros). Assim, foi possível perceber que Guimarães Rosa transita entre o popular e o erudito, na medida em que recorre a ambos para compor suas narrativas. Muito mais do que diferenças, o autor demonstra que a fixação do texto na escrita não impede que as situações de oralidade (que privilegiam a troca de experiências entre grupos que compartilham valores, crenças e costumes) deixem suas marcas na leitura silenciosa e solitária que um livro exige.pt_BR
dc.description.abstractThis research is aimed at analyzing the work of Guimarães Rosa from the point of view of his incorporation of elements from the oral tradition. For this purpose, the following stories are analyzed: “Entremeio com o vaqueiro Mariano” from Estas estórias, “Pé-duro, chapéu-de-couro” from Ave, palavra, “Três homens e o boi dos três homens que inventaram um boi” from Tutaméia, “Cara-de-Bronze” and “O recado do Morro” from No Urubuquaquá, no Pinhém, and “Uma estória de amor” from Manuelzão e Miguilim. These narratives were chosen because they illustrate Rosa’s project to recreate not only traditional oral literature, but also the situation of telling and spreading narratives in an oral context. In addition to focusing on language, which is not dealt with in this research, Rosa highlights the importance of the character’s own voice and the means by which it is conveyed as well as the effect it has on the audience during the performance. In order to explore a kind of “episteme of the sertanejo thought”, Rosa presents an authorial discourse which reinforces his commitment to all that is related to the sertão, attaching credibility and veracity to lessons taught through oral narratives. Although the author incorporates a popular universe into his work, it does not result in an “artificial” or merely descriptive production presented from an intellectualized, distanced perspective. Due to this fusion between popular and scholarly discourses and between oral and written narratives, the support for the present research includes theoretical frameworks concerned with both discussing the characteristics of oral artistic productions and the conditions of their production (Paul Zumthor, Walter Ong, Peter Burke, André Jolles, Câmara Cascudo) and exploring the fictional strategies employed by the author to achieve his goals (based on theories and arguments by Paul Ricouer, Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Wolfgang Iser, among others). In conclusion, it is evidenced that Guimarães Rosa traverses between the popular and the scholarly realms given that he embraces both in constructing his narratives. Beyond differences, the author demonstrates that the permanence of the story in written form does not prevent aspects related to its oral character (which reveal the exchange of experiences among groups that share values, beliefs and habits) from leaving their marks on the silent, solitary moment that reading a book requires.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectGuimarães Rosaen
dc.subjectLiteratura brasileirapt_BR
dc.subjectRosa, João Guimarães, 1908-1967pt_BR
dc.subjectImplied authoren
dc.subjectCritica e interpretacaopt_BR
dc.subjectOral discourseen
dc.subjectNarrativeen
dc.subjectOralidadept_BR
dc.subjectPerformanceen
dc.subjectNarrativapt_BR
dc.titleNós, os fabulistas : o pensamento baseado na oralidade e as narrativas de Guimarães Rosapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb000604483pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2007pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples