Objetos lógicos no Tractatus de Wittgenstein : a tese da inexistência de objetos lógicos em comparação com as perspectivas de Frege e Russell

Abstract

Esta monografia pretende realizar a tarefa de apresentar e elaborar a defesa de uma das principais teses contidas no Tractatus Logico-philosophicus. A tese que buscarei apresentar é a seguinte: baseado na análise da relação linguagem-realidade argumentada no livro, objetos lógicos devem ser inexistentes. Contudo, em retrospecto à confecção desse trabalho de Wittgenstein, antes de introduzir os argumentos e teorias do livro, as ideias de dois filósofos muito importantes que influenciaram fortemente Wittgenstein quanto a sua própria filosofia devem ser reconhecidos e desenvolidos. Eles são Gottlob Frege e Bertrand Russell, ambos com filosofias notáveis defendiam uma tese completamente oposta à de Wittgenstein. Frege e Russell são Platonistas, o que significa que eles compreendem e possuem uma visão geral de objetos que implica que objetos lógicos devem existir independentemente da mente e existência humanas. A teoria de Wittgenstein, em contraste, defende a inexistencia de objetos lógicoks, entendendo as constantes lógicas como meros sinais, análogos a um ponto no final de uma frase. A respeito desse contexto histórico e filosófico, e a análise do Tractatus, o caminho lógico a se seguir é deixar clara a defesa de Wittgenstein quanto à inexistência de objetos lógicos, isso sendo fundamentado no quarto e quinto aforismos, assim finalmente estabelecendo a teoria mencionada. This work aims to accomplish the task of presenting and elaborating the defense of one of the main theses contained in the Tractatus Logico-philosophicus. The thesis I mean to present is the following: based on the analysis of the relation language-reality set forward in the book, logical objects must be non-existent. However, in retrospect to the confection of Wittgenstein’s work, before introducing the arguments and theories of the book itself, the ideas of two very important philosophers who greatly influenced Wittgenstein regarding his own philosophy must be recognized and developed. They are Gottlob Frege and Bertrand Russell, both of their remarkable own philosophies advocate for a complete opposite thesis with respect to Wittgenstein’s. Frege and Russell are Platonists, which means they understand and have a general view of objects that imply that logical objects must exist independently of the human mind. Wittgenstein’s theory, in contrast, defends the inexistence of logical objects taking logical constants to be mere signs, analogous to a dot at the end of a sentence. Concerning this historical and philosophical context, and the analysis of the Tractatus, the logical path to follow is to make clear Wittgenstein’s defense of the inexistence of logical objects, that being reasoned upon the fourth and fifth aphorisms, thus finally establishing the thesis.