Outros centros, outras letras : modernismo literário em revistas do Rio Grande do Sul e da Bahia (1926–1932)
Fecha
2025Autor
Tutor
Nivel académico
Grado
Tipo
Materia
Resumo
Este trabalho investiga as formas de inserção e atuação de escritores vinculados ao modernismo nas cidades de Porto Alegre e Salvador, entre os anos de 1926 e 1932. Partindo do pressuposto de que o modernismo brasileiro não se restringiu à experiência paulista de 1922, o estudo analisa como outras parcelas regionais articularam projetos de renovação estética conectados a redes locais de sociabilidade e à imprensa cultural. A pesquisa adota uma abordagem histórico-social da literatura, centrada ...
Este trabalho investiga as formas de inserção e atuação de escritores vinculados ao modernismo nas cidades de Porto Alegre e Salvador, entre os anos de 1926 e 1932. Partindo do pressuposto de que o modernismo brasileiro não se restringiu à experiência paulista de 1922, o estudo analisa como outras parcelas regionais articularam projetos de renovação estética conectados a redes locais de sociabilidade e à imprensa cultural. A pesquisa adota uma abordagem histórico-social da literatura, centrada na análise de trajetórias individuais e na leitura crítica das revistas literárias Madrugada (1926), Arco & Flexa (1928-1929) e O Momento (1931-1932). As trajetórias de Augusto Meyer, Theodemiro Tostes, Carlos Chiacchio e Pinheiro Viegas evidenciam a diversidade de posições possíveis no campo modernista: de figuras vinculadas a instituições culturais tradicionais a intelectuais marginais que desafiaram os mecanismos convencionais de consagração. A análise dos impressos revela que essas revistas funcionaram como plataformas de experimentação formal, debate estético e afirmação de identidades culturais locais. Ao mesmo tempo, seus colaboradores buscavam projeção nacional, mobilizando estratégias distintas para disputar legitimidade no campo literário. Na Bahia, o contraste entre Arco & Flexa, de importante inspiração simbolista, e a atuação da Academia dos Rebeldes, ligada à revista O Momento, expõe a tensão entre tradição e ruptura, entre institucionalidade e insurgência. Embora influenciados pelo mesmo espírito de modernização, alguns desses grupos consideravam limitada a iconoclastia paulista de 1922 diante da necessidade de uma literatura que incorporasse motivos populares e/ou referências culturais locais. A pesquisa conclui que as experiências analisadas revelam a coexistência de diferentes sensibilidades estéticas e estratégias de inserção no campo de produção cultural do período, sugerindo que a modernidade artística no Brasil foi atravessada por disputas regionais, tensões internas e formas plurais de apropriação das ideias de modernidade e de modernismo. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de História: Bacharelado.
Colecciones
-
Tesinas de Curso de Grado (40105)Tesinas Historia (835)
Este ítem está licenciado en la Creative Commons License


