Comparar o perfil antropométrico e a performance de saltos das seleções brasileiras de voleibol masculina das categorias sub19 e sub21

Abstract

O voleibol é um esporte de rede composto por 6 jogadores em quadra, podendo exercer as seguintes posições: líbero, levantador, ponteiro, oposto e central. A bola deve passar por cima de uma rede com mais de dois metros de altura, assim fazendo com que os jogadores executem movimentos explosivos, velozes e potentes. Por conta das características do jogo, é necessário um grande volume de saltos verticais, principalmente nas ações de bloqueio e ataque. Os jogadores mais talentosos tem como característica semelhante a maior habilidade de salto e as características antropométricas específicas para a modalidade como uma maior estatura e envergadura. Desta forma, o presente trabalho objetivou comparar o perfil antropométrico e a performance de saltos das seleções brasileiras de voleibol masculina sub-19 e sub-21. Doze atletas da seleção brasileira sub-19 (idade média 16,83 ± 0,39 anos; massa corporal média 82,14 ± 7,36kg; estatura média 194,50 ± 4,42cm) e treze atletas da seleção brasileira sub-21 (idade média 18,23 ± 0,60 anos; massa corporal média 89,16 ± 6,81kg; estatura média 198,65 ± 8,91cm), foram avaliados na performance de salto e perfil antropométrico. As avaliações foram realizadas no início do período de treinamento de cada categoria. No primeiro momento, foi perguntado a data de nascimento e a posição que iriam jogar durante o próximo campeonato. No segundo momento, foi aplicado um questionário recordatório oral referentes ao perfil de treinamento dos jogadores. Depois, realizamos as avaliações antropométricas (massa corporal, estatura, envergadura, envergadura de bloqueio e envergadura de ataque). E por fim, foram realizadas as avaliações de performance de salto (alcance de salto de bloqueio e alcance de salto de ataque). Para a análise estatística, os dados foram descritos em média e desvio padrão. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. Em relação a comparação entre as categorias quando os dados apresentaram distribuição normal, foi utilizado teste t independente. Já para os dados não normais, foi utilizado o teste U de Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de ɑ<0,05. Os resultados apresentaram uma maior Idade (p<0,001) para categoria sub-21 (18,23 ± 0,60) em relação a categoria sub-19 (16,83 ± 0,39). E também a massa corporal (p=0,021) da categoria sub-21 (89,16 ± 6,81) foi superior à categoria sub-19 (82,14 ± 7,36). Para o restante das variáveis não houve diferenças significativas (p>0,05) para Estatura (p=0,159), Envergadura (p=0,068), Envergadura de Bloqueio (p=0,480), Envergadura de Ataque (p=0,320), Alcances de Bloqueio (p=0,918) e Alcance de Ataque (p=0,186). Dessa forma, conclui-se que as únicas diferenças observadas entre as categorias de base sub-19 e sub-21 são em relação a idade e a massa corporal. Já para as outras variáveis de perfil antropométrico e desempenho de salto não se observou diferença significativa.

Volleyball is a net sport made up of 6 players on the court, who can play the following positions: libero, setter, point guard, opposite and center. The ball must pass over a net that is more than two meters high, thus making the players perform explosive, fast and powerful movements. Due to the characteristics of the game, a high volume of vertical jumps is required, especially when blocking and attacking. The most talented players have a similar characteristic: greater jumping ability and anthropometric characteristics specific to the sport, such as greater height and wingspan. The aim of this study was to compare the anthropometric profile and jumping performance of the Brazilian under-19 and under-21 men's volleyball teams. Twelve players from the Brazilian under-19 team (mean age 16.83 ± 0.39 years; mean body mass 82.14 ± 7.36kg; mean height 194.50 ± 4.42cm) and thirteen players from the Brazilian under-21 team (mean age 18.23 ± 0.60 years; mean body mass 89.16 ± 6.81kg; mean height 198.65 ± 8.91cm) were assessed on their jumping performance and anthropometric profile. The assessments were carried out at the start of the training period for each category. Firstly, they were asked their date of birth and the position they would be playing during the next championship. Secondly, an oral recall questionnaire was administered regarding the players' training profile. Anthropometric assessments were then carried out (body mass, height and wingspan). Finally, the jumping performance evaluations were carried out. For the statistical analysis, the data was described as mean and standard deviation. The normality of the data was assessed using the Shapiro-Wilk test. The independent t-test was used to compare the categories when the data showed a normal distribution. For non-normal data, the Mann-Whitney U-test was used. The significance level adopted was ɑ<0.05. The results showed a higher age (p<0.001) for the under-21 category (18.23 ± 0.60) compared to the under-19 category (16.83 ± 0.39). Body mass (p=0.021) in the under-21 category (89.16 ± 6.81) was also higher than in the under-19 category (82.14 ± 7.36). For the rest of the variables, there were no significant differences (p>0.05) for height (p=0,159), reach (p=0,068), blocking reach (p=0,480), attacking reach (p=0,320), blocking reach (p=0,918) and attacking reach (p=0,186). It can therefore be concluded that the only differences observed between the U19 and U21 age groups were in relation to age and body mass. There were no significant differences in the other anthropometric profile variables and jumping performance.