Intervenções de regulação emocional para universitários : alcance e efetividade

Abstract

Intervenções direcionadas a desenvolver regulação emocional têm sido estudadas a partir de diferentes propostas, bases teóricas e formatos. O propósito deste trabalho foi revisar intervenções de regulação emocional para estudantes universitários quanto ao alcance e à efetividade. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura por meio de uma estratégia de busca em três bases de dados com descritores em português e inglês. Foram recuperados 277 artigos e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, restaram 21 artigos. Em relação ao alcance, a maioria das amostras dos estudos não caracterizaram adequadamente seus participantes quanto aos dados sociodemográficos e, entre as que realizaram, não foi feita uma comparação com a população da instituição em que foi aplicada a intervenção. Enquanto que em relação a efetividade, a maioria das intervenções analisadas melhoraram a capacidade de regulação emocional entre os participantes, no entanto, não foi possível concluir quais formatos e componentes nas intervenções contribuíram com o efeito. Nesse sentido, ressalta-se a importância de estratégias para ampliar o alcance, refinar e melhorar a efetividade das intervenções de regulação emocional para esse público.

Interventions designed to develop emotion regulation have been studied using different approaches, theoretical frameworks, and formats. The aim of this study was to review emotion regulation interventions for university students in terms of their reach and effectiveness. A systematic literature review was conducted using a search strategy across three databases with descriptors in Portuguese and English. A total of 277 articles were retrieved, and after applying inclusion and exclusion criteria, 21 articles were included in the review. Most study samples did not provide sociodemographic data on participants, and among those that did, no comparisons were made with the institution’s broader population. Regarding effectiveness, most interventions improved participants' emotion regulation skills; however, it was not possible to identify which intervention formats or components contributed to these outcomes. These findings highlight the importance of strategies to increase the reach, refine the design and improve the effectiveness of emotion regulation interventions for this population.