Irã : de subordinado britânico a algoz da unipolaridade

Abstract

Este trabalho analisa as relações internacionais do Irã, seu processo de transição de subordinação à influência britânica até se tornar um competidor significativo à unipolaridade dos Estados Unidos no século XXI. A pesquisa utiliza uma abordagem histórico-explicativa para investigar as mudanças sistêmicas que impactam a política externa do Irã e suas persistentes aspirações por hegemonia regional. Por meio de uma revisão bibliográfica e da aplicação de estruturas teóricas do realismo das Relações Internacionais, bem como dos Estudos Estratégicos, o estudo examina as trajetórias históricas do Irã, os efeitos da dinâmica de poder sistêmica e sua competição estratégica com os Estados Unidos após a Revolução Islâmica de 1979. As áreas principais de análise incluem o avanço do programa nuclear iraniano, os desafios operacionais à intervenção dos EUA na região e a alteração do equilíbrio de poder no Oriente Médio. As conclusões ressaltam a oscilação histórica do Irã entre dependência e desafio às Grandes Potências, configurando seu papel singular como competidor e sobrevivente dentro da estrutura de poder global.

This project examines the international relations of Iran, transitioning from its subordination to British influence to becoming a key challenger to U.S. unipolarity in the 21st century. The study adopts a historical-explanatory approach to analyze the systemic shifts affecting Iran’s foreign policy and its enduring aspirations for regional hegemony. Using bibliographical research and theoretical frameworks from Realist International Relations theory and Strategic Studies, the research explores Iran’s historical trajectories, the impacts of systemic power dynamics, and its strategic competition with the United States post-1979 Islamic Revolution. Key areas of focus include the development of Iran’s nuclear program, the operational challenges to U.S. intervention in the region, and the shifting balance of power in the Middle East. The findings highlight Iran’s historical oscillation between dependency and oposition to great powers, shaping its unique role as both a challenger and survivor within the global power structure.