Consumo de vitamina K da dieta e estabilidade da anticoagulação oral crônica com cumarínicos : evidências derivadas de ensaio clínico
Fecha
2010Autor
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Co-director
Nivel académico
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Tipo
Materia
Resumo
Introdução: Terapia com anticoagulantes orais tem sido amplamente utilizada em prevenção primária e secundária de eventos tromboembólicos em diversas condições cardiovasculares. O consumo de vitamina K parece ser um dos fatores centrais que influenciam na estabilidade do tratamento com cumarínicos. Poucos estudos até o momento buscaram estudar a relação entre quantidades específicas de vitamina K na dieta e a estabilidade da anticoagulação oral crônica com cumarínicos. Objetivos: Este estudo te ...
Introdução: Terapia com anticoagulantes orais tem sido amplamente utilizada em prevenção primária e secundária de eventos tromboembólicos em diversas condições cardiovasculares. O consumo de vitamina K parece ser um dos fatores centrais que influenciam na estabilidade do tratamento com cumarínicos. Poucos estudos até o momento buscaram estudar a relação entre quantidades específicas de vitamina K na dieta e a estabilidade da anticoagulação oral crônica com cumarínicos. Objetivos: Este estudo teve por objetivo avaliar a relação entre o consumo de vitamina K da dieta e a estabilidade do RNI (razão normalizada internacional do tempo de protrombina). Métodos Realizamos subanálise de ensaio clínico randomizado envolvendo pacientes do ambulatório de anticoagulação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com dados de RNI e consumo de vitamina K no momento de entrada no estudo, em 15, 30, 60 e 90 dias após a randomização. Paciente foi considerado estável quando coeficiente de variação (CV) do RNI foi menor ou igual a 10%. Avaliação semiquantitativa do consumo de vitamina K foi derivado de questionário de freqüência alimentar, criando-se escore de consumo, onde os alimentos foram pontuados conforme o conteúdo de vitamina K. Resultados: Estudamos 132 pacientes com 57 ± 13 anos (55% homens) e indicação de anticoagulação por prótese valvular mecânica (58%) ou fibrilação atrial (35%). Foram encontrados 23 (17,4%) pacientes com anticoagulação estável, homogeneamente distribuídos nos 2 grupos (intervenção e controle) do ensaio clínico original. Os pacientes classificados como de anticoagulação estável e não estável apresentavam características clínicas semelhantes entre si, no diz respeito à idade, sexo, comorbidades clínicas, escolaridade, indicações para anticoagulação, RNI basal e dose basal de anticoagulantes. A média de consumo de vitamina K ao longo de todo tempo de seguimento para os pacientes estáveis foi significativamente menor do que para os pacientes não estáveis. Os pacientes com CV do RNI > 10% apresentaram também escores de consumo de vitamina K mais elevados no momento de 30 dias após a randomização (P<0,05). Conclusão: Nossos achados sugerem que pacientes com anticoagulação estável têm consumo de vitamina K menor do que pacientes instáveis. ...
Abstract
Introduction: Oral anticoagulation therapy has been extensively used in primary and secondary prevention of thromboembolic events in several cardiovascular conditions. Dietary vitamin K intake has been considered a major factor that influences the stability of oral anticoagulant treatment. Few studies have evaluated the relationship between specific amounts of dietary vitamin K intake and stability of chronic oral anticoagulation. Objectives: This study was planned to assess the relationship be ...
Introduction: Oral anticoagulation therapy has been extensively used in primary and secondary prevention of thromboembolic events in several cardiovascular conditions. Dietary vitamin K intake has been considered a major factor that influences the stability of oral anticoagulant treatment. Few studies have evaluated the relationship between specific amounts of dietary vitamin K intake and stability of chronic oral anticoagulation. Objectives: This study was planned to assess the relationship between dietary vitamin K intake and stability of INR (International Normalized Ratio of Prothrombin Time). Methods: We performed a sub-analysis of a randomized clinical trial involving outpatients from the anticoagulation clinic of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, with data from INR and vitamin K intake at baseline, 15, 30, 60 and 90 days after randomization. Patient was considered stable when the coefficient of variation (CV) of INR was less than 10%. Dietary vitamin K intake was assessed using a semiquantitative food frequency questionnaire, creating a score of consumption, where foods were rated according to vitamin K content. Results: We studied 132 patients with 57 ± 13 years (55% male) and in anticoagulation therapy for mechanical prosthetic valve (58%) or atrial fibrillation (35%). Twenty-three patients (17%) were considered with stable anticoagulation. Stable and unstable patients were clinically similar, with no significant differences in age, gender, clinical comorbidities, anticoagulation indication, basal RNI e doses of anticoagulants. The vitamin K dietary score over the entire follow-up for stable patients was considerably lower than that for unstable patients (p=0,047). Patients with CV of INR > 10% had scores of vitamin K intake higher at 15 and 30 days after randomization (P <0.05). Conclusion: Our findings suggest that dietary vitamin K intake is lower in patients with stable anticoagulation than in patients with unstable anticoagulation therapy. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
Colecciones
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