Sombras dos reis barbudos : a representação alegórica da realidade
View/ Open
Date
2005Type
Subject
Abstract in Portuguese (Brasil)
O ensaio faz uma leitura alegórica de Sombras dos reis barbudos, de José J. Veiga. Inicialmente procuramos analisar o ambiente repressivo da narrativa, cujo protagonista é um adolescente. A instalação da Companhia na cidade instaura um período de exceção, quando logo passa a vigorar um total controle sobre os habitantes, o que é feito por meio dos fiscais, que fazem acatar as proibições decretadas pela Companhia. A criação de muros é representativa da falta de liberdade, o que fica evidente qua ...
O ensaio faz uma leitura alegórica de Sombras dos reis barbudos, de José J. Veiga. Inicialmente procuramos analisar o ambiente repressivo da narrativa, cujo protagonista é um adolescente. A instalação da Companhia na cidade instaura um período de exceção, quando logo passa a vigorar um total controle sobre os habitantes, o que é feito por meio dos fiscais, que fazem acatar as proibições decretadas pela Companhia. A criação de muros é representativa da falta de liberdade, o que fica evidente quando a diversão passa a ser olhar os urubus que sobrevoam as casas. Na realidade, Veiga está falando alegoricamente do período pós-golpe militar de 1964, quando se instaura no país uma ditadura militar cujos mecanismos de repressão, como no romance, estão atentos àqueles que não compactuam com a ordem estabelecida. ...
Abstract
This essay carries out an allegorical reading of the text Sombras dos reis barbudos, by José J. Veiga. Initially we intended to review the repressive environment provided by the narrative, whose leading character is a teenager. The settlement of the Company in the city establishes a period of exception, when a total control over the inhabitants is implemented, which is made through the work of employees who must make people follow the prohibitions implemented by the Company. The creation of wal ...
This essay carries out an allegorical reading of the text Sombras dos reis barbudos, by José J. Veiga. Initially we intended to review the repressive environment provided by the narrative, whose leading character is a teenager. The settlement of the Company in the city establishes a period of exception, when a total control over the inhabitants is implemented, which is made through the work of employees who must make people follow the prohibitions implemented by the Company. The creation of walls represents the lack of freedom, which is evident when people start finding amusement in watching the vultures that fly over their houses. Actually, Veiga is allegorically discussing the period right after the 1964 coup d'état, which was a time of military dictatorship in the country, whose mechanisms of repression, just like in this novel, are aware of and control those who do not comply with the established rules. ...
In
Nau literária. Porto Alegre, RS. Vol. 1, n. 1 (jul./dez. 2005), p. 1-6
Source
National
Collections
-
Journal Articles (40281)
This item is licensed under a Creative Commons License