O efeito da dieta na modulação intestinal como tratamento coadjuvante de ansiedade e depressão

Abstract

O presente trabalho investigou os mecanismos subjacentes à ansiedade e depressão. Dessa forma, buscou-se destacar o papel da microbiota intestinal e sua interação com a dieta como tratamento coadjuvante em ansiedade e depressão. Os descritores utilizados para a revisão bibliográfica incluíram ("depression" OR "anxiety" OR "anxiety disorder" OR "depressive disorder" OR "depressive symptoms" OR "anxiety symptoms") AND ("diet" OR “Ultra-Processed Food” OR “mediterranean diet” OR “probiotics” OR “prebiotics” OR "gut microbiota" OR "gut-brain axis"). Os resultados destacaram a importância da comunicação intestino-cérebro, evidenciando como a microbiota intestinal pode influenciar diretamente a saúde mental através da modulação da inflamação, estresse oxidativo e metabolismo de neurotransmissores. Foi observado que a disbiose, ou desequilíbrio na microbiota, associada a dietas inadequadas, pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais. Por outro lado, padrões alimentares ricos em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e aminoácidos, foram associados a uma menor prevalência desses transtornos. A dieta anti-inflamatória e a dieta mediterrânea foram identificadas como potenciais intervenções dietéticas para melhorar os sintomas de ansiedade e depressão, devido ao seu impacto na microbiota intestinal. No entanto, a falta de um padrão único de dieta e de uma cepa probiótica universalmente eficaz ressaltou a importância da individualidade na formulação de planos nutricionais. Concluiu-se que a modulação intestinal pode representar uma abordagem relevante no tratamento coadjuvante desses transtornos, o que traz destaque para a complexa interação entre microbiota intestinal, dieta e saúde mental, além de enfatizar a necessidade de uma abordagem personalizada para maximizar os benefícios terapêuticos. Mais ensaios clínicos randomizados são ainda necessários para avaliar o impacto de intervenções dietéticas sobre sintomas de saúde mental.

This study investigated the underlying mechanisms of anxiety and depression. Thus, it sought to highlight the role of the intestinal microbiota and its interaction with diet as an adjuvant treatment for anxiety and depression. The descriptors used for the literature review included ("depression" OR "anxiety" OR "anxiety disorder" OR "depressive disorder" OR "depressive symptoms" OR "anxiety symptoms") AND ("diet" OR “Ultra-Processed Food” OR “mediterranean diet” OR “probiotics” OR “prebiotics” OR "gut microbiota" OR "gut-brain axis"). The results emphasized the importance of gut-brain communication, showing how intestinal microbiota can directly influence mental health through modulation of inflammation, oxidative stress, and neurotransmitter metabolism. Recent studies have shown that when there is an imbalance in the microbiota, which is known as dysbiosis, due to inadequate diets, it may lead to the development of mental disorders. On the other hand, dietary patterns rich in essential nutrients, such as vitamins, minerals, and amino acids, were associated with a lower prevalence of these disorders. The anti-inflammatory diet and the Mediterranean diet were identified as potential dietary interventions to improve anxiety and depression symptoms due to their impact on intestinal microbiota. However, the lack of a single dietary pattern and a universally effective probiotic strain highlighted the importance of individuality in formulating nutritional plans. It has been determined that adjusting gut health could be an effective way of treating certain disorders. This underscores the intricate relationship between intestinal microbiota, diet, and mental health. A customized approach is necessary to ensure that the full range of therapeutic benefits can be achieved. Additional randomized clinical trials are necessary to evaluate the effects of dietary interventions on mental health symptoms.