O mapa tátil como metodologia para que estudantes sem deficiência visual pensem a inclusão

Abstract

O presente trabalho se propõe a investigar como promover a inclusão de estudantes com deficiência visual em aulas de Geografia na educação básica. Os objetivos desta pesquisa estão compreendidos na análise de referenciais de inclusão escolar; no entendimento das dificuldades de alunos de inclusão em aulas de Geografia; na construção de uma prática voltada para a inclusão de estudantes cegos. Para alcançar esses objetivos adotamos a metodologia LabTATE (2016) para a adaptação de um mapa de climas do Brasil e um mapa de macrorregiões brasileiras à leitura tátil com uma turma do terceiro ano do Ensino Médio. O vínculo com a escola se deu através do programa de Residência Pedagógica (24/2022) e a prática foi dividida em seis etapas: 1 - desafio aos estudantes; 2 - proposta de adaptação dos mapas ao tato; 3 - questionário sobre o tema pesquisado e percepções através da prática; 4 - leitura dos mapas por uma pessoa com deficiência visual; 5 - devolução dos mapas para a turma realizar as modificações necessárias; 6 - criação de legendas em braile e conclusão dos mapas. Com a atividade proposta conseguimos aproximar esses estudantes à uma realidade distante daquele espaço escolar. Através desta aproximação percebemos a potência da escola em promover a inclusão trabalhando a acessibilidade mesmo na ausência de estudantes com deficiência.

This research aims to investigate how to promote the inclusion of visually impaired students in Geography classes in basic education. The aims of this research are to analyze references to school inclusion and to understand the difficulties faced by students with inclusion in Geography classes; in the construction of a practice aimed at the inclusion of blind students To achieve these objectives, we used the LabTATE methodology (2016) to adapt a climate map of Brazil and a map of Brazilian macro-regions to tactile reading with a third grade high school class. The link with the school was through the Pedagogical Residency program (24/2022) and the practice was divided into six stages: 1 - challenge to the students; 2 - proposal to adapt the maps to touch; 3 - questionnaire on the topic researched and perceptions through the practice; 4 - reading of the maps by a visually impaired person; 5 - return of the maps for the class to make the necessary changes; 6 - creation of Braille captions and completion of the maps. With the proposed activity, we were able to bring these students closer to a reality far removed from that school space. Through this approach we realized the power of the school to promote inclusion by working on accessibility even in the absence of students with disabilities.