Quantificação de incertezas na modelagem de contatos de corpos estratificados em um depósito de fosfato usando simulação geoestatística

Abstract

Técnicas complexas de análise de incerteza vêm sendo cada vez mais aplicadas nas Geociências, sendo largamente utilizadas em Recursos Minerais, Avaliação de Óleo e Gás, Hidrologia e Análises Ambientais. Dessa maneira, a incorporação dessas técnicas por profissionais permite, não só identificar e quantificar formas geológicas, mas também associar um nível de incerteza aos modelos, auxiliando na otimização de processos prospectivos, por exemplo. Hoje, além da etapa de mapeamento de campo, amostragem, descrição de testemunhos e contextualização geológica, essa importante etapa tem sido implementada no dia a dia de trabalho do geólogo. Com o uso de geoestatística, através de simulações, pode- se entender melhor o comportamento de um determinado fenômeno geológico, quantificando e analisando as incertezas e auxiliando na tomada de decisões baseadas em interpretações da realidade. Neste trabalho, foi utilizado um banco de dados de um depósito de fosfato, onde modelos simulados foram utilizados como alternativa para quantificação de incerteza associada à interpretação geológica. A técnica escolhida é a Simulação Plurigaussiana, sendo uma técnica amplamente difundida na avaliação de corpos estratificados, levando em conta a incerteza que cerca esse tipo de domínio. Em vez de usar modelos determinísticos para definir o corpo mineral, baseados apenas na interpretação dos furos de sondagem (que não levam em conta a incerteza dos domínios litológicos em áreas sem informações), este estudo apresenta a simulação Plurigaussiana como uma alternativa para gerar cenários igualmente prováveis do depósito mineral. Como resultados, foram geradas simulações que foram utilizadas para criar os mapas de risco da área estudada, sendo o resultado década simulação um cenário provável de ocorrência. Os mapas de risco produzidos a partir das simulações atingem o objetivo de quantificar a incerteza, apontando regiões deficientes de dados, que necessitam maior atenção.

Complex techniques for uncertainty analysis are increasingly being applied in Geosciences, extensively used in Mineral Resources, Oil and Gas Evaluation, Hydrology, and Environmental Analyses. By incorporating these techniques, professionals can not only identify and quantify geological forms but also associate a level of uncertainty with the models, aiding in the optimization of prospective processes, for instance. Today, in addition to field mapping, sampling, core description, and geological contextualization, this crucial stage has been integrated into the daily work of geologists. Through the use of geostatistics and simulations, a better understanding of the behavior of specific geological phenomena can be achieved, quantifying and analyzing uncertainties, and assisting in decision-making based on interpretations of reality. In this study, a database from a phosphate deposit was utilized, where simulated models were used as an alternative for quantifying uncertainty associated with geological interpretation. The chosen technique is Plurigaussian Simulation, widely diffused in the evaluation of stratified bodies, taking into account the uncertainty surrounding this type of domain. Instead of relying on deterministic models to define the mineral body solely based on the interpretation of drill holes (which do not consider the uncertainty of lithological domains in information-scarce areas), this study presents Plurigaussian Simulation as an alternative to generate equally probable scenarios of the mineral deposit. As a result, simulations were generated and employed to create risk maps of the studied area, with each simulation representing a likely occurrence scenario. The risk maps derived from simulations achieve the objective of quantifying uncertainty, identifying data-deficient regions requiring greater attention.