Diferenças entre gêneros no início e na progressão do uso de drogas : o papel do abuso sexual
Fecha
2018Tutor
Nivel académico
Grado
Tipo
Resumo
Introdução: Considera-se o crescente uso de crack um desafio para a saúde pública, e diversas pesquisas têm se voltado para compreender os fatores que podem levar ao uso da substância e como os perfis de uso diferem entre os gêneros. No entanto, poucos estudos avaliam a progressão do uso de substâncias, e é possível que a ocorrência de abuso sexual precoce possa influenciar na velocidade da progressão para o uso de crack. Objetivos: Avaliar diferenças de gênero relacionadas à precocidade do iní ...
Introdução: Considera-se o crescente uso de crack um desafio para a saúde pública, e diversas pesquisas têm se voltado para compreender os fatores que podem levar ao uso da substância e como os perfis de uso diferem entre os gêneros. No entanto, poucos estudos avaliam a progressão do uso de substâncias, e é possível que a ocorrência de abuso sexual precoce possa influenciar na velocidade da progressão para o uso de crack. Objetivos: Avaliar diferenças de gênero relacionadas à precocidade do início do consumo de substâncias e à progressão para o uso de crack, e verificar o impacto do abuso sexual nesses fatores. Método: Foram entrevistados 548 homens e 348 mulheres internados pelo uso de crack em duas unidades de Porto Alegre. As variáveis foram extraídas da sexta versão do Addiction Severity Index (ASI-6). Para as análises estatísticas foram utilizadas a regressão de Poisson (comparação de prevalências do abuso sexual entre os gêneros), regressão Gama (progressão para o uso de crack entre os gêneros, controlando para a idade de ocorrência do abuso sexual) e regressão de Cox (progressão para o uso de crack entre aqueles que não sofreram abuso sexual, e que sofreram antes e após a experimentação de crack). Resultados: O abuso sexual foi mais prevalente nas mulheres do que nos homens (41,4% vs. 6,9%; RP=5,97, IC95% 4,26 – 8,31, p<0,001), sendo que o tempo de progressão para o uso de crack foi menor para o primeiro grupo, mesmo quando controlada a idade de ocorrência do abuso sexual (β=0,55, IC95% 0,43 - 0,71, p<0,001). Quando comparados em relação aos indivíduos que não sofreram abuso sexual, verificou-se que entre aqueles que relataram abuso sexual após o primeiro uso de crack a progressão para o uso de crack havia sido mais rápida (HR=2,01, IC95% 1,48 - 2,74, p<0,001). Conclusão: A progressão mais rápida para o uso de crack entre as mulheres e entre aqueles ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Psicologia.
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