O cinema Coreano como uma ferramenta de poder internacional

Abstract

O presente trabalho intenciona investigar os desdobramentos do investimento sul-coreano no que se refere ao cinema (e audiovisual de forma geral), visando o alavancar de sua influência política e internacional por meio do soft power, ou poder brando. No decorrer da monografia explicaremos a maneira com a qual a indústria de cinema sul-coreana foi internacionalizada desde a década de 1990, com obras que se tornaram bem-sucedidas, até mesmo fazendo frente a cinematografia de países mais tradicionalmente produtores de cinema internacional, como é o caso dos Estados Unidos da América. Nesse mesmo sentido, investigaremos o aumento da relevância internacional sul-coreana por intermédio de seus investimentos culturais, usando, no caso do presente trabalho, o audiovisual como lente para essa investigação. Assim sendo, nosso foco estará no exercício de poder ao nível internacional, mas não por meios belicosos e por capacidades militares, mas utilizando de métodos aparentemente mais sutis. Utilizaremos de uma metodologia qualitativa, buscando analisar os aspectos referentes a essa remodelagem do cinema sul-coreano com o passar dos anos. Faremos uso de revisão bibliográfica, visando a tipificação dos investimentos coreanos no audiovisual como poder brando ou não, e analisaremos uma série de exposições que partem de meios sul-coreanos oficiais.

The present work intends to investigate the developments of South Korean investment in terms of cinema (and audiovisual in general), with the intent to leverage its political and international influence through soft power. In the course of this monograph, we will explain the way in which the South Korean film industry has developed since the 1990s, with works that have become successful, even in the face of cinematography from countries more a keen on international cinema products, as is the case of the United States of America. In the same sense, we will investigate the increase in South Korea’s general international influence, using audiovisual as a lens for this investigation. Therefore, our focus will not be on the exercise of power at the international level by means of aggression and by military capabilities, but through possibly more subtle methods. We will use a qualitative methodology seeking to analyze the aspects of this remodeling of South Korean cinema through the years. We will make use of the bibliographic review, aiming the typification of Korean investments in audiovisual as either soft power or not, and we will analyze a series of discourses that come from South Korean official sources.