Saída da atividade leiteira e suas motivações em Nova Petrópolis, RS

Abstract

Nos últimos anos, os produtores de leite vêm deixando a atividade no Rio Grande do Sul em uma escala bastante elevada. Entre os anos 2015 e 2021, período no qual a EMATER/RS realizou levantamentos sobre a produção leiteira no Rio Grande do Sul, o número de produtores de leite caiu mais de 50%, passando de 84.119 produtores para 40.182 (NOVO RURAL, 2021). Este levantamento traz números que podem ser analisados sob diversos aspectos. No período de 2015 a 2019, a queda no número de produtores foi de 23%, ou seja, no período mais recente o abandono da atividade foi mais intenso. Também se observa que dez municípios deixaram de produzir para a indústria entre 2015 e 2019, passando a vender o leite cru ou processá-lo em agroindústria própria legalizada (EMATER, 2019). As Instruções Normativas de n° 51 de 2002 e as IN n° 76 e 77 de 2018 também trouxeram desafios aos produtores rurais, e o período de vigência destas últimas duas normativas coincide com o período de grande saída dos produtores da atividade. Dado o contexto, se pode estabelecer hipóteses a respeito de como as mudanças podem ter causado o abandono da atividade por parte dos produtores de leite. Para verificar esta hipótese, a proposta do presente trabalho é entrevistar produtores rurais do Município de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, que deixaram de produzir leite, para poder estabelecer alguns critérios de estudo de como se deu o processo de saída da atividade, as circunstâncias e motivações que levaram a interromper a produção de leite. Os relatos envolvem uma sequência de fatores que foram desgastando as capacidades dos produtores de se manter na atividade, independente da escala de produção e porte. Os principais motivos ou motivos determinantes para a interrupção foram a falta de sucessão familiar ou de mão de obra, o custo alto e as flutuações de mercado no preço pago ao produtor.

En los últimos años, los productores de leche vienen saliendo la actividad en el estado de Rio Grande do Sul, Brasil, en muy alta escala. Entre los años de 2015 y 2021, período en el que la EMATER/RS realizó levantamientos acerca de la producción láctea en Rio Grande do Sul, el número de productores de leche se redujo en más del 50%, pasando de 84.119 productores para 40.182 (NOVO RURAL, 2021). Este levantamiento trae números que pueden ser analizados bajo diferentes aspectos. En el período de 2015 a 2019, la caida en el número de productores fue del 23%, es decir, en el período más reciente, el abandono de la actividad fue más intenso. También se nota que diez municipios dejaron de producir para la industria entre 2015 y 2019, pasando a vender leche cruda o procesarla en su propia agroindustria legalizada (EMATER, 2019). La Instrucción Normativa de n° 51 de 2002 y las IN n° 76 y 77 de 2018 también trajeron desafíos a los productores rurales, y el período de vigencia de estas dos últimas normas coincide con el periodo de gran salida de productores de la actividad. Dado el contexto, se pueden establecer hipótesis acerca de como los cambios pueden haber provocado el abandono de la actividad por parte de los productores de leche. Para verificar esta hipótesis, la propuesta del presente trabajo es entrevistar a productores rurales del municipio de Nova Petropolis, en Rio Grande do Sul que han dejado de producir leche, con el fin de establecer algunos criterios para el estudio de cómo se produjo el proceso de salida de la actividad, las circunstancias y motivaciones que llevaron a la interrupción de la producción de leche. Los informes involucran una secuencia de factores que estaban erosionando las capacidades de los productores para mantenerse en las actividades, independente de escala y tamaño. Las razones principales o determinantes de la interrupción fueron la falta de sucesión familiar o mano de obra, el alto costo de producción y las fluctuaciones de mercado en el precio pagado al productor.