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dc.contributor.advisorWender, Maria Celeste Osóriopt_BR
dc.contributor.authorPezzali, Luíza Guazzellipt_BR
dc.date.accessioned2022-12-24T05:05:43Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/253180pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: A transição menopausal é um importante marco na vida reprodutiva feminina. É caracterizada pela significativa queda dos níveis circulantes de estrogênio, traduzindo-se em diversos sintomas físicos e emocionais que poderão afetar negativamente a qualidade de vida da mulher, bem como aumentar o risco de algumas doenças. A pandemia da COVID-19 impactou a sociedade de diversas formas. Além de ter provocado o colapso de sistemas de saúde por todo o mundo, também repercutiu de maneira significativa na economia, nos cuidados pessoais, na saúde mental e na qualidade de vida da população. Muitos estudos vem sendo conduzidos para avaliar o impacto da pandemia sobre o sexo feminino, porém poucos deles tem como foco a população climatérica, mulheres que lidam com os desafios inerentes ao gênero e também outros específicos desta fase, que podem impactar diretamente na sua qualidade de vida e saúde. Objetivo: Investigar as modificações na saúde e na atenção à saúde de mulheres climatéricas de 40 a 70 anos residentes no Brasil no período da pandemia. Método: Estudo transversal de mulheres climatéricas com idade entre 40 e 70 anos, residentes no Brasil. A avaliação foi realizada através de formulário eletrônico Google Docs com questões relativas a dados sociodemográficos, clínicos, ginecológicos, tratamentos, acesso aos serviços de saúde e consultas, bem como mudanças no comportamento. Adicionalmente, para avaliação de sintomas climatéricos, se aplicou o Menopause Rating Scale - MRS, validado 9 para o Português, que contém 11 questões distribuídas em 3 grandes grupos: sintomas somato-vegetativos, sintomas urogenitais e sintomas psicológicos. Resultados: 419 mulheres responderam o questionário. Mais de 45% delas tinham entre 51 e 60 anos de idade, sendo a maioria (73,5%) casada e residindo em capitais brasileiras (56,6%). Sessenta por cento das participantes reportaram ganho de peso durante a pandemia. A prática de atividade física semanal apresentou diminuição para 50,8% das participantes. Mais de 80% das mulheres relataram piora da saúde mental durante este período, e 66,1% tiveram mudança no padrão do sono. Mais da metade relatou ter dificuldade de acesso à consulta ginecológica. Percentual similar foi observado em relação à realização de exames de rotina da saúde da mulher (58,0%). As mulheres residentes em cidades capitais relataram maior incremento de consumo de álcool (p=0,002). A ingestão de alimentos aumentou para 54,9% das participantes; a categoria de funcionário público esteve associada a uma mudança maior e significativa no consumo (68,5% reportaram aumento) em relação a outras profissões (p=0,038). As mulheres cujas rendas familiares se alteraram durante a pandemia apresentaram maior prevalência de ganho de peso (p=0,033) e também apresentaram maior ocorrência de alteração na qualidade do sono (72,6% x 61,5%; p=0,018). Mulheres de alta escolaridade tiveram maior ocorrência de alterações no desfecho cuidados pessoais e saúde (p<0,001). Conclusão: Observamos uma redução importante nos cuidados das mulheres climatéricas com a sua saúde no período da pandemia. Além da diminuição de consultas médicas e exames preventivos, modificações nos hábitos de vida, como aumento no consumo alimentar e redução da prática de atividade física, foram bastante prevalentes. Observou-se, também, deterioração na saúde 10 mental, com grande prevalência de sintomas de ansiedade e de mudança da qualidade do sono de muitas delas. Portanto, apesar da atenuação da pandemia após dois anos da sua instalação, deverá ser dada atenção aos cuidados de saúde dessa população, pois as alterações advindas deste período poderão repercutir por muitos anos.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: The menopausal transition is an important milestone in female reproductive life. It is characterized by a significant drop in circulating estrogen levels, resulting in several physical and emotional symptoms that can negatively affect a woman's quality of life, as well as increase the risk of some diseases. The COVID-19 pandemic has impacted society in many ways. In addition to causing the collapse of health systems around the world, it also had a significant impact on the economy, personal care, mental health and the quality of life of the population. Many studies have been conducted to assess the impact of the pandemic on women, but few of them focus on the climacteric population, women who deal with the challenges inherent to gender and also others specific to this phase, which can directly impact their quality of life and health. Objective: Investigate changes in the health and health care of climacteric women aged 40 to 70 years residing in Brazil during the pandemic period. Method: Cross-sectional study with climacteric women aged between 40 and 70 years, residing in Brazil. The evaluation was carried out using a Google Docs electronic form with questions related to sociodemographic, clinical, gynecological data, treatments, access to health services and consultations, as well as changes in behavior. Additionally, the Menopause Rating Scale - MRS was applied to assess climacteric symptoms, validated for Portuguese, which contains 11 questions distributed in 3 large groups: somato-vegetative symptoms, urogenital symptoms and psychological symptoms. Results: 419 women answered the questionnaire. More than 45% of them were between 51 and 60 years of age, the majority (73.5%) being married and residing 12 in Brazilian capitals (56.6%). Sixty percent of participants reported weight gain during the pandemic. Approximately half of the participants reported a decrease in the weekly practice of physical activity (50.8%). More than 80% of the women reported worsening mental health during this period, and 66.1% had a change in their sleep pattern. More than half reported having difficulty accessing gynecological consultations. A similar percentage was observed in relation to the performance of routine examinations on women's health (58.0%). Women living in capital cities reported a greater increase in alcohol consumption (p=0.002). Food intake increased for 54.9% of participants; the category of civil servant was associated with a significant increase in consumption in relation to other professions (p=0.038). Women whose family incomes changed during the pandemic had a higher prevalence of weight gain (p=0.033) and also had a higher occurrence of changes in sleep quality (72.6% vs. 61.5%; p=0.018). Women with a high school education had a higher occurrence of alterations in personal and health care outcomes (p<0.001). Conclusion: We observed an important reduction in the health care of climacteric women during the pandemic period. In addition to the decrease in medical consultations and preventive exams, changes in life habits, such as increased food consumption and reduced physical activity, were quite prevalent. There was also a deterioration in mental health, with a high prevalence of anxiety symptoms and changes in sleep quality in many of them. Therefore, despite the attenuation of the pandemic after two years of its installation, attention should be given to the health care of this population, as the changes arising from this period may have repercussions for many years.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectClimatériopt_BR
dc.subjectClimactericen
dc.subjectInquéritos e questionáriospt_BR
dc.subjectPandemicen
dc.subjectQuality of lifeen
dc.subjectCOVID-19pt_BR
dc.subjectMedical careen
dc.subjectPandemiaspt_BR
dc.subjectQualidade de vidapt_BR
dc.subjectRoutine examsen
dc.subjectLife habitsen
dc.subjectAssistência médicapt_BR
dc.subjectEstilo de vidapt_BR
dc.titleImpacto da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) sobre a saúde de mulheres climatéricas : websurveypt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001156867pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e Obstetríciapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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