O conceito ESG, a reação causada em agentes econômicos e sua influência no fluxo de capital na economia contemporânea

Abstract

O termo ESG teve sua primeira aparição recentemente, por volta do ano de 2004. Entretanto, não necessariamente os temas que compõem esse conceito são tópicos igualmente recentes. A verbalização da temática pela sigla ocorre num momento de ebulição dessas pautas, principalmente devido ao colapso climático iminente que diversos indicadores socioambientais indicam nas últimas décadas. Frente a isso, a economia como um todo reagiu estabelecendo novas diretrizes a serem seguidas de modo a adaptar o modo de produção estabelecido na sociedade atual a uma nova dinâmica de maior responsabilidade com o que cerca uma atividade econômica pelo ponto de vista socioambiental. Neste trabalho busca-se entender quais mudanças e reações essas pautas trouxeram e como os agentes econômicos, nesse contexto, responderam a essas mudanças. A partir da forma como se movimentaram órgãos reguladores, financiadores e empresas, é possível identificar que o fluxo de capital se alterou nessa nova lógica de produção que envolve a responsabilização social por parte de qualquer entidade envolvida na economia contemporânea. Além disso, o trabalho conclui que iniciativas sustentáveis podem surgir não apenas como uma adequação a um sistema econômico com novas diretrizes, mas também como uma oportunidade de otimização de processos e melhorias na performance financeira de empresas. Concluiu-se, assim, que a mudança de postura dos mais diversos componentes que fazem a engrenagem econômica girar, aliada a uma ótica de oportunidades de evolução a partir dessas iniciativas, acabou influenciando diretamente e ditando o direcionamento do capital no mercado como um todo, seja pelo ponto de vista macro, com o direcionamento de recursos para desenvolvimento econômico por parte de financiadores e reguladores, ou pelo ponto de vista micro, com companhias investindo cada vez mais no desenvolvimento de proposições que visem um contexto socioambiental mais sustentável através de uma governança corporativa coerente com a o ecossistema no qual as companhias estão inseridas.

The term ESG first appeared recently, around the year 2004. However, the themes that make up this concept are not necessarily equally recent topics. The verbalization of the theme by the acronym occurs at a time of boiling over of these agendas, mainly due to the imminent climate collapse that several socio-environmental indicators indicate in recent decades. Faced with this, the economy has reacted by establishing new guidelines to be followed in order to adapt the production mode established in today's society to a new dynamic of greater responsibility with what surrounds an economic activity from the socio-environmental point of view. This paper aims to understand what changes and reactions these guidelines have brought and how the economic agents, in this context, have responded to these changes. From the way regulatory agencies, financiers, and companies have moved, it is possible to identify that the flow of capital has changed in this new logic of production that involves social responsibility on the part of any entity involved in the contemporary economy. Furthermore, the paper concludes that sustainable initiatives can arise not only as an adaptation to an economic system with new guidelines, but also as an opportunity to optimize processes and improve the financial performance of companies. It was concluded, therefore, that the change in the position of the most diverse components that make the economic gears turn, associated with a view of evolution opportunities from these initiatives, ended up directly influencing and dictating the direction of the capital in the entire market, whether from the macro point of view, with the directing of resources for economic development by financiers and regulators, or from the micro point of view, with companies investing more and more in the development of proposals that aim for a more sustainable socio-environmental context through corporate governance consistent with the ecosystem in which the companies are inserted.