Por que Aristóteles define tempo como medida de mudança?
dc.contributor.advisor | Zillig, Raphael | pt_BR |
dc.contributor.author | Nunes, Fagner de Azevedo | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2022-07-26T04:41:25Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2019 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/245546 | pt_BR |
dc.description.abstract | O presente trabalho visa um exame da definição aristotélica de tempo. Uma vez que Aristóteles define o tempo como medida de mudança, cabe-nos explicar o por que isso é assim. Por um lado, a questão surge internamente, pois o próprio texto de Aristóteles sugere outras definições. Por outro lado, externamente essa definição conflita com a de outros autores. Assim, procura-se encontrar as razões que levaram Aristóteles a tomar esta definição como padrão. Primeiramente, enfrentaremos os problemas internos e, uma vez esclarecidas as razões e mantida a definição, usa-se esta como fio condutor através do qual investigaremos a noção de tempo de Santo Agostinho e de Sidney Shoemaker a fim de que o estudo dessas diferentes noções reforce o conjunto de razões para aceitarmos a definição aristotélica. Resulta desta investigação que quaisquer outras definições de tempo dentro do texto aristotélico surgem apenas secundariamente, como consequências da definição dada pelo autor e assim devem ser entendidas. Também que a mudança tem papel fundamental, e aquilo que Agostinho toma por reações causadas em nossa mente, não passa de uma mudança mental para Aristóteles. E embora Shoemaker pense que seja concebível tempo sem mudança, quebrando essa relação necessária, ele só consegue fazer isso apelando para uma definição aristotélica de tempo, que envolve mudança, durante todo seu argumento. A hipótese é que a mudança é a única coisa que funciona como um “marcador”, o restante só funciona assim depois de já estarmos inseridos em um mundo com seres, medidas, mudanças e repouso. Segundo a hipótese, tempo é medida de mudança porque esta é a única coisa que funciona como marcador, entender isso é também entender que há uma relação e entre mente e mudança. A medida, portanto o tempo, só existe enquanto há mudanças mensuráveis e mentes com capacidade de mensuração. A medida, portanto o tempo, só existe enquanto há mudanças mensuráveis e mentes com capacidade de mensuração. A medida só existe se a mudança pode ser medida por uma mente, e se a mente pode medir alguma mudança. | pt_BR |
dc.description.abstract | The present work aims at an examination of the Aristotelian definition of time. Aristotle defines time as a measure of change and it is our task to explain why it is so. On the one hand, this question arises from the text of Aristotle itself, as alternative definitions are suggested by him. On the other hand, this definition conflict with that of other authors. Thus we will try to find the reasons on the basis of which Aristotle took the measure of change to be the appropriate definiens for time. We will first discuss the problems that arise form Aristotle’s text itself and once these are solved, the retained definition will be used as a guiding line for the investigation of Augustine’s and Shoemakrer’s understandings of time. This broader discussion will eventually reinforce the reasons identified for accepting Aristotle’s definition. As a result, it will be shown that any other definition of time within the Aristotelian text is secondary and dependant upon the primary definition as a measure of change. The centrality of change for the understanding of time will also emerge from the discussion of Augustine’s and Shoemaker’s views. In fact, what Augustine takes as reactions caused in our minds will be shown to be understandable in terms of what Aristotle frames as mental changes. It will also be shown that Shoemaker’s suggestion that time can be conceived without change ultimately depends upon Aristotle’s definition of time. Our general hypothesis is that change is the only factor that is able to operate as a suitable “marker”, so that definitions of time that do not directly involve change will ultimately be shown to depend upon our existence in a world endowed with objects, measures, change and rest. According to this hypothesis, appropriately understanding the way in which change operates as a marker involves understanding a certain relation between mind and change. In fact, measurement of time exists only as long as there are measurable changes and minds that are able to measure them. Measure only exists inasmuch some changes are intrinsically measurable by minds and inasmuch minds are able to measure some changes. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Time | en |
dc.subject | Tempo (Filosofia) | pt_BR |
dc.subject | Mudança (Filosofia) | pt_BR |
dc.subject | Measure | en |
dc.subject | Change | en |
dc.subject | Filosofia aristotélica | pt_BR |
dc.subject | Rest | en |
dc.title | Por que Aristóteles define tempo como medida de mudança? | pt_BR |
dc.type | Trabalho de conclusão de graduação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001145999 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2019 | pt_BR |
dc.degree.graduation | Filosofia: Bacharelado | pt_BR |
dc.degree.level | graduação | pt_BR |
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