Polimorfismos genéticos e tipo de processamento dos alimentos na doença hepática gordurosa não-alcoólica em atenção primária à saúde
Fecha
2022Autor
Co-director
Nivel académico
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Tipo
Materia
Resumo
A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é a doença hepática crônica mais comum em todo o mundo. A dieta é um fator modificável que pode prevenir e auxiliar no tratamento, mas a genética desempenha papel importante para o desenvolvimento da doença. Poucos estudos avaliam a DHGNA na atenção primária à saúde (APS). Este estudo foi realizado para avaliar a prevalência de DHGNA em APS e estimar a influência do tipo de processamento dos alimentos e de polimorfismos de risco para DHGNA. Foi ...
A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é a doença hepática crônica mais comum em todo o mundo. A dieta é um fator modificável que pode prevenir e auxiliar no tratamento, mas a genética desempenha papel importante para o desenvolvimento da doença. Poucos estudos avaliam a DHGNA na atenção primária à saúde (APS). Este estudo foi realizado para avaliar a prevalência de DHGNA em APS e estimar a influência do tipo de processamento dos alimentos e de polimorfismos de risco para DHGNA. Foi realizado um estudo prospectivo, transversal, em pacientes atendidos em APS. Foram selecionados por por amostragem simples, 330 indivíduos de ambos os sexos e maiores de 18 anos, em consulta na APS HCPA. Foi avaliada a prevalência e a gravidade da DHGNA através de métodos não-invasivos na estimativa de esteatose (fatty liver index — FLI) e NAFLD Fibrosis Score (NFS), correlacionando-os com o tipo de processamento dos alimentos e a presença de polimorfismo de risco dos genes PNPLA-3 e TM6SF2. A média de idade dos pacientes foi de 58,0 ± 13,5 anos, sendo 71,8% mulheres. A prevalência de DHGNA (FLI≥60) foi de 39,7%. Em 59,6% dos casos, NFS indicou risco médio ou alto de fibrose. O alelo de risco G do gene PNPLA3 esteve presente em 53,6% dos pacientes; o alelo de risco T do gene TM6SF2, em 8,5% dos casos. O consumo de calorias foi maior nos pacientes com risco baixo de fibrose (p=0,001), com menor consumo de carboidratos (p=0,002) e maior consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, em comparação aos casos de maior risco de fibrose (p=0,008). Não houve relação entre a presença dos polimorfismos, o tipo de processamento dos alimentos e a gravidade da doença (PMPLA3: p=0,045; TM6SF2: p>0,05). Em conclusão, é alta a prevalência de DHGNA em APS, e estima-se que a gravidade da doença seja significativa. Em torno da metade dos pacientes têm polimorfismo PNPLA3 de risco. Medidas de avaliação da DHGNA em APS merecem ser incentivadas. ...
Abstract
The non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) is a chronic liver disease more commonly known in the world. Diet is adjustable factor that can prevent and assist in treatment, but genetics plays a crucial role regarding the development of the disease. Few studies assess NAFLD in the Primary Healthcare (PHC). This study was carried out to assess the prevalence of NAFLD in PHC and to estimate the influence of the food processing and risk on polymorphisms type on NAFLD. A prospective, cross-section ...
The non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) is a chronic liver disease more commonly known in the world. Diet is adjustable factor that can prevent and assist in treatment, but genetics plays a crucial role regarding the development of the disease. Few studies assess NAFLD in the Primary Healthcare (PHC). This study was carried out to assess the prevalence of NAFLD in PHC and to estimate the influence of the food processing and risk on polymorphisms type on NAFLD. A prospective, cross-sectional study was carried out in patients treated in PHC. Candidates were selected by random selection (drawing), by simple sampling, 330 individuals of both sexes and over 18 years, in consultation at the APS HCPA1. NAFLD prevalence and severity were evaluated using non-invasive methods to estimate steatosis (fatty liver index - FLI) and NAFLD Fibrosis Score (NFS), correlating them with the food processing type and polymorphism risk of the PNPLA 3 and TM6SF2 genes. The mean the patients’ age was 58.0 ± 13.5 years, and 71.8% were women. The NAFLD prevalence (FLI≥60) was 39.7%. In 59.6% of cases, NFS indicated medium or high risk of fibrosis. The risk allele G of the PNPLA3 gene was present in 53.6% of the patients; the T risk allele of the TM6SF2 gene, in 8.5% of the cases. Calorie consumption was higher in patients with low risk of fibrosis (p=0.001), with lower carbohydrates consumption (p=0.002) and higher consumption of in natura or minimally processed foods, compared to cases with higher risk of fibrosis (p=0.008). There was no relationship between the presence of polymorphisms, type of food processing and disease severity (PMPLA3: p=0.045; TM6SF2: p>0.05). In conclusion, the prevalence of NAFLD in PHC is high, and the severity of the disease is estimated to be significant. About half of patients have PNPLA3 polymorphism risk. NAFLD assessment measures in PHC deserve to be encouraged. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
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