Diversidade genética dos Campos Sulinos : como a vegetação responde às mudanças climáticas e os desafios para a conservação
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Data
2022Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
As mudanças climáticas do período Quaternário foram determinantes para a definição dos atuais padrões de distribuição da diversidade genética de plantas em todo o mundo. Na América do Sul, as constantes oscilações do Pleistoceno vêm sendo citadas como um dos fatores que contribuíram para a origem e distribuição da diversidade vegetal. Estudos palinológicos têm evidenciado que durante os períodos glaciais, onde o clima era mais frio e seco, ocorreu a expansão da flora campestre do sul do Brasil, ...
As mudanças climáticas do período Quaternário foram determinantes para a definição dos atuais padrões de distribuição da diversidade genética de plantas em todo o mundo. Na América do Sul, as constantes oscilações do Pleistoceno vêm sendo citadas como um dos fatores que contribuíram para a origem e distribuição da diversidade vegetal. Estudos palinológicos têm evidenciado que durante os períodos glaciais, onde o clima era mais frio e seco, ocorreu a expansão da flora campestre do sul do Brasil, na porção mais ao norte. Os Campos Sulinos são compostos por regiões campestres situadas nos biomas Pampa e Mata Atlântica. Embora compartilhem semelhanças ecológicas, essas regiões apresentam diferenças na composição florística, possivelmente resultado de diferentes processos evolutivos Contudo, pouco se conhece sobre os eventos responsáveis pelo padrão de distribuição da biodiversidade nesses locais. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos das mudanças climáticas na distribuição da variação genética de espécies nos Campos Sulinos, de modo a esclarecer melhor sobre seu passado evolutivo e gerar informações relevantes para o estabelecimento de estratégias de conservação para a região. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica de estudos de modelagem ecológica de nicho com espécies vegetais nos Campos Sulinos. Posteriormente foi realizada uma análise de modelagem de nicho para quatro espécies campestres da região: Hypochaeris catharinensis, Calydorea crocoides, Petunia axillaris e Turnera sidoides subsp. carnea. Nossos resultados mostraram que as mudanças do clima durante o Pleistoceno impactaram a distribuição da diversidade genética das espécies estudadas, sendo diferentes os padrões encontrados dentro e entre as regiões do Pampa e Campos de Altitude. Uma das espécies, C. crocoides, apresentou redução da área de ocorrência durante o Último Máximo Glacial, contrariando o que se esperava para espécies campestres nesse cenário. As projeções para o futuro revelaram que o agravamento das mudanças climáticas já em curso pode afetar significativamente a distribuição das espécies estudadas, levando à redução da sua variabilidade genética e prejudicando sua capacidade de adaptação ao ambiente. Nossos resultados demonstram respostas diferentes às mudanças climáticas para cada espécie analisada, reforçando a necessidade de mais estudos que avaliem a diversidade genética dos Campos Sulinos, de forma a ampliar o conhecimento sobre os processos de especiação na região e contribuir para sua preservação. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1353)
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