Cercas direcionadoras funcionam para evitar que anfíbios arborícolas cruzem rodovias?

Abstract

Entre os vertebrados, os anfíbios são os mais afetados por rodovias em algumas regiões. O problema é maior em rodovias que cruzam unidades de conservação, como na ERS-486, que cruza a Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa, nossa área de estudo. Para reduzir esse problema, é primordial impedir que os animais acessem a rodovia, geralmente usando cercas bloqueadoras. Todavia, para anfíbios arborícolas não existe uma cerca efetiva e testada com um amplo espectro de espécies. Nosso objetivo foi testar a efetividade de diferentes adaptações na porção superior de cercas-guia em impedir a transposição de pererecas para aplicação em rodovias. Executamos experimentos utilizando arenas quadradas e três tratamentos distintos de formato da aba superior: sem aba, com aba simples com uma dobra, e aba com duas dobras (dupla). As arenas de aba simples e dupla foram as mais eficientes no bloqueio, com eficácia similar, enquanto a sem aba foi menos eficiente. O desafio de encontrar uma cerca plenamente bloqueadora permanece, embora o sucesso dos modelos com aba tenha sido alto. Os próximos passos envolvem a ampliação do número amostral, a execução de testes em períodos de intensa atividade reprodutiva e a avaliação de modificações na cerca, visando desenvolver uma cerca com efetividade máxima.

Among vertebrates, amphibians are the most affected by highways constructions in some regions. This issue is greater when highways cross protected areas, as ERS-486, that crosses the Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa, our study area. To reduce this problem, it is primordial to prevent animals from accessing the highway, usually using fences. Nevertheless, there is no effective fence to block treefrogs that have been tested with a wide range of species. Thus, in order to prevent treefrogs access highways, we aimed to test the effectiveness of different suitings in the top portion of fences. We performed experiments using square arenas and three different treatments on the fence’s top: without lip, with a fold as a single lip, and with two folds, forming a double lip. The arenas with a single and double lip were the most effective in blocking treefrogs, and had similar rates, while the arena without a lip was the less effective. Although our models were successful, the challenge of finding a fully blocking fence remains. The next steps involve expanding the sample number, carrying out tests in periods of intense reproductive activity and evaluating changes in the fence, aiming to develop a fence with maximum effectiveness.