Análise de custo de pacientes com broncopneumonia comunitária de baixo, intermediário e alto risco em uma emergência hospitalar através do método TDABC

Abstract

Objetivo: Analisar os custos de pacientes com broncopneumonia comunitária de baixo, médio e alto risco (PSI classe I, II, III, IV, V) em uma emergência hospitalar antes e após medida restritiva ao atendimento. Metodologia: o método de custeio utilizado foi o time-driven activity-based costing (TDABC). Mapeou-se os processos e determinados os tempos padrão dos mesmos. Comparou-se os custos de recursos humanos, infraestrutura, exames e antibióticos um ano antes e um ano após o início da restrição. Os custos também foram avaliados, por classes de PSI, quanto ao tempo de internação em emergência e à adequação de esquema antibiótico empírico. Avaliou-se desfechos como óbito intra-hospitalar, reinternação por causa infecciosa em 30 dias, admissão em UTI. As variáveis categóricas foram comparadas usando-se o quiquadrado e as variáveis contínuas, dada a distribuição não-paramétrica, foram comparadas através do teste de Mann-Whitney. Foram considerados significativos os p < 0,05. Resultados: O tempo total de permanência na emergência não apresentou diferença estatística significativa comparando os pacientes distribuídos nas classes PSI entre os dois anos. Houve diferença estatística somente entre as medianas dos custos entre os anos para os custos com recursos humanos no PSI I (p=0,022), custos com infraestrutura nos PSI III e V (p=0,043 e p=0,009, respectivamente) e custos com antibióticos nos PSI III e IV (p=0,02 e p=0,001, respectivamente). Quando subdivididos quanto à adequação do esquema antibiótico, óbito intra-hospitalar, admissão em UTI e reinternação por causa infecciosa em 30 dias, não houve diferença estatística (p=0,979, p=0,148, p=0,253, p=0,628, respectivamente). Discussão: Os custos totais com pacientes PSI I, II, III, IV, V atendidos em uma emergência não teve o custo alterado pela medida restritiva.

Objective: To analyze the costs of patients with low, medium and high risk community bronchopneumonia (PSI class I, II, III, IV, V) in a hospital emergency before and after a restrictive care measure. Methodology: The costing method used was time-driven activity-based costing (TDABC). The activities were mapped and the standard times were determined. Human resources, infrastructure, testing and antibiotics levels were compared one year before and one year after the start of the restriction. The costs were also evaluated, by PSI classes, regarding the length of hospital stay and the adequacy of the empiric antibiotic scheme. Outcomes were evaluated as in-hospital death, rehospitalization due to infectious cause in 30 days and ICU admission. Categorical variables were compared using the chi-square test and continuous variables, given the non-parametric distribution, were compared using the Mann-Whitney test. P <0.05 was considered significant. Results: The total time spent in the emergency room did not present a significant statistical difference comparing the patients distributed in the PSI classes between the two years. There was a statistical difference only between the medians of the costs between the years for human resources costs in PSI I (p = 0.022), infrastructure costs in PSI III and V (p = 0.043 and p = 0.009, respectively) and costs with antibiotics in PSI III and IV (p = 0.02 and p = 0.001, respectively). When subdivided according to the adequacy of the antibiotic scheme, in-hospital death, admission to ICU and readmission for infectious causes in 30 days, there was no statistical difference (p = 0.979, p = 0.148, p = 0.253, p = 0.628, respectively). Discussion: The total costs of PSI patients I, II, III, IV, V attended in an emergency did not have the cost altered by the restrictive measure.