Diversidade sexual e de gênero : a perspectiva de profissionais de gestão de pessoas sobre a entrada de transexuais nas organizações

Abstract

Até 2018 a transexualidade era considerada como um transtorno de identidade de gênero pela OMS e é estimado que 90% das pessoas trans recorram à prostituição em algum momento da vida. Entendendo que a transfobia acomete as pessoas desse grupo em diferentes ambientes, este trabalho teve como principal objetivo compreender a perspectiva de profissionais de recursos humanos acerca da inserção de transexuais no mercado de trabalho. Para alcançar tal finalidade, foi realizada uma revisão de literatura e pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, realizada por meio de entrevistas em profundidade com 12 profissionais de recursos humanos de diferentes empresas. Após a análise das entrevistas à luz da teoria, os resultados encontrados indicaram, no universo pesquisado, uma baixa participação de pessoas trans nos processos seletivos, o que pode ser explicado pela necessidade de as organizações avançarem muito para tornarem o ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo, estabelecendo práticas de acolhimento da diversidade com o objetivo de estabelecer um ambiente seguro às pessoas trans.

Until 2018, transsexuality was considered a gender identity disorder by the WHO and it is estimated that 90% of transgender people resort to prostitution at some point in their lives. Knowing that transphobia affects this group of people in different environments, this study had as its main objective to understand the perspective of human resources professionals regarding the insertion of transsexuals in the job market. To achieve this purpose, a literature review and exploratory research, of a qualitative nature, was carried out through in-depth interviews with 12 human resources professionals from different companies. After analyzing the interviews based on theory, the results found indicated, in the researched universe, a low participation of trans people in the selection processes, which can be explained by the need for organizations to improve this processes in order to turn the work environment more diverse and inclusive, establishing practices to welcome diversity so it can be established a safe environment for trans people.